Forte S. João Baptista
acolhe primeira iniciativa cultural
A exposição “Patrimónios
Emersos e Submersos – Do Local ao Global”, inserida nas comemorações dos 500
anos da primeira viagem de circum-navegação do globo terrestre, iniciada por
Fernão de Magalhães e terminada por Sebastián Elcano, a inaugurar sexta feira,
dia 6, pelas 17 horas, marca a abertura do Forte S. João Baptista à atividade
cultural regular. Lembre-se que o Município de Esposende pagou ao Estado 204
mil euros, em setembro de 2020, pela cedência
do Forte de S. João Baptista, por um período de 50 anos, onde, em colaboração
com a Universidade do Minho, funcionará o Centro de Divulgação Científica de
Atividades Marinhas (CDCAM).
Esta exposição integra um conjunto de iniciativas promovidas pela Estrutura de Missão do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães, incrementadas em articulação com a Direção Geral do Património Cultural, através da Direção Regional de Cultura do Norte. Em estreita parceria com diversos municípios, a exposição enquadra-se no âmbito do projeto “Circum-navegando… do local ao global”, com o intuito de promover as incidências locais deste feito.
O Município de Esposende
entendeu associar-se às celebrações deste acontecimento de caráter mundial,
através da exposição dedicada à temática “Patrimónios Emersos e Submersos – Do
Local ao Global”. Esta tem como objetivo principal promover e valorizar o
património histórico-cultural subaquático e costeiro associado, permitindo a
fruição comunitária do Forte de S. João Batista.
A escolha recaiu sobre este
local, uma vez que o Forte de S. João Baptista é um ícone da paisagem cultural
que povoa o imaginário de todas as gerações de esposendenses e visitantes dos
últimos trezentos anos. Dois dos quatro edifícios outrora destinados a serviços
de apoio ao Farol, criados e instalados na área do Forte de S. João Batista, no
séc. XX, foram intervencionados, permitindo o usufruto do espaço pelos
cidadãos.
Esta intervenção permite
albergar uma exposição relacionada com o Património Cultural, assente num
projeto de investigação multidisciplinar, o qual tem como ponto central o
Naufrágio Quinhentista de Belinho 1. Pretende-se, pois, dar relevo e divulgar a
Arqueologia Subaquática, partindo do Naufrágio Quinhentista de Belinho, achado
que se enquadra na temática das celebrações e que tem revelado um património
único e significativo, a nível nacional e mundial. Articulado com a Arqueologia
Subaquática, o achado de Belinho tem revelado um espólio significativo, cuja divulgação se pretende
intensificar e que é contemporâneo da 1.ª Viagem de
Circum-navegação.
Este projeto foi
concretizado no âmbito da candidatura “Preservação, conservação e valorização
dos elementos patrimoniais e dos recursos naturais e paisagísticos” aprovado no
âmbito do Aviso 14/2020/Gal Costeiro Litoral Norte. Tem um investimento total
superior a 43.000 euros, sendo comparticipado a 85%, através do MAR2020.
Os visitantes são recebidos
por Hércules e por Neptuno, duas esculturas da autoria de João Sá que
graciosamente as emprestou para esta exposição. João Sá é o achador que, em
2014, comunicou o achado que revelou tratar-se do navio quinhentista de
Belinho.
De realçar que o escultor
João Sá, conjuntamente com o filho, Alexandre Sá, integram a equipa de
voluntários do projeto de investigação deste naufrágio, situação que concorreu
para que, em 2017, estes dois cidadãos descobrissem a localização do naufrágio.
Este envolvimento apenas é possível graças a uma estratégia de Arqueologia municipal,
alicerçada no envolvimento ativo dos cidadãos.
A entrada para visita à
exposição é gratuita, de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às
18h00.
Para mais informações,
poderá contactar o Serviço de Património Cultural, através do telefone 253 960
179 ou do e-mail arqueologia@cm-esposende.pt
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