Esposende, cidade inteligente
ESPOSENDE SMART CITY - LANÇAMENTO DAS
FUNDAÇÕES PARA O FUTURO
Tendo como palco o Salão
Nobre do Município de Esposende, realizou-se hoje a apresentação do
desenvolvimento do projeto “Esposende Smartcity”, cerimónia que serviu para
apresentar a aplicação e a plataforma onde passam a estar disponíveis os dados
analíticos do território.
“Lançam-se, agora, as fundações para o processo de smartcities de Esposende, na medida em que temos os dados capazes de promover um mecanismo de transformação digital, que promova a eficácia e eficiência nos recursos, através de um complexo sistema de informação, mas garantido a sua fácil perceção e o seu impacto no território”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, lembrando que este processo arrancou antes das restrições decretadas pela pandemia e que teve efeitos práticos durante o confinamento.
“Antes da pandemia já se
praticava em Esposende o teletrabalho, já se instruía para a literacia digital
de crianças e adultos, o que permitiu que a formação prosseguisse, mesmo em
confinamento. Agora, teremos mais informação para disponibilizar, com mais
parâmetros úteis para todos”, vincou Benjamim Pereira.
“Neste contexto de
mudança, quisemos integrar, desde a primeira hora, o pelotão da frente na
introdução de medidas de gestão e de informação aos munícipes, agarrando este
conceito de desenvolvimento tecnológico integrado, reconhecido como SmartCity”,
acrescentou Benjamim Pereira.
Raul Junqueiro, Head of
smartcities do grupo DST, explicou a forma como serão coligidos os dados para
“estarem disponíveis na aplicação, desde informação sobre a qualidade da água
ou do ar, informação geográfica e ambiental, resíduos ou contactos públicos.
Pretende-se tornar a cidade mais próxima dos cidadãos”, disse.
Através de uma única
plataforma de IoT, (internet das coisas), será possível agregar todos aqueles
dados relativos ao território no que diz respeito a cadastro de infraestruturas
e de pontos de interesse, com o objetivo de tornar Esposende capaz de responder,
de forma integrada e em tempo real, aos diferentes desafios urbanos, promovendo
soluções inclusivas e eficientes na utilização dos recursos, mas também
geradora de valor acrescentado e criadora de riqueza.
O projeto Esposende
Smartcity, lançado em 2019, surgiu da necessidade de empreender uma metodologia
que permita realizar a adequada gestão da informação já disponível, a par da
obtenção de dados adicionais sobre o território e sobre o uso de recursos,
permitindo o seu tratamento e uso de forma preditiva, proativa e, sobretudo,
eficiente.
Assim, o trabalho
preparatório consistiu na definição de um conjunto de parâmetros de cariz
ambiental para monitorização e a respetiva distribuição e instalação de
sensores pelo território, medindo os raios ultravioleta, o ruído e a qualidade
do ar, e também a instalação de uma Estação Meteorológica.
Para o bom uso dos dados
recolhidos por estes equipamentos foi necessária a implementação de uma rede de
infraestrutura de comunicações LoraWAN, agregando todas as informações destes
sensores, escalável a novos casos de uso, como o ambiente, a mobilidade, a
energia, o turismo, o património e cultura, entre outras.
Assim, foi implementada
uma plataforma de internet das coisas, capaz de dar inteligência ao volume de
dados em tempo real criados no território pela sensorização e aos dados das
várias camadas SIG integrados no desenvolvimento de novos sistemas de
informação, e com a disponibilização de uma aplicação móvel para interface do
projeto com os cidadãos.
Com estas novas
ferramentas, foram chamadas entidades externas, capazes de enriquecer a gama de
dados disponíveis. Através de acordos de cooperação, formais e informais,
envolvemos entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas, a Capitania, e até a Academia, na
cedência de dados que estão já a enriquecer a nossa plataforma de informação.
Esposende Smartcity encontra-se
no ponto de consolidar três das dimensões de cariz mais tecnológico do projeto:
temos dados (Esposende Território Analítico). Com estes podem tomar-se decisões
sustentadas (Esposende Território Resiliente), permitindo antecipar
cenários e atuar em conformidade, de forma a perceber de antemão, os problemas
e implementar soluções preventivas e não remediativas (Esposende Território
Preditivo).
Lançaram-se, assim, as
fundações para o processo de smartcities de Esposende, na medida em que temos
os dados capazes de promover um mecanismo de transformação digital, que promova
a eficácia e eficiência nos recursos, através de um complexo sistema de
informação, mas garantido a sua fácil perceção e o seu impacto no território.
Às dimensões analítica,
resiliente e preditiva, e aos consolidados eixos de educação, cultura e
criatividade, somamos agora a dimensão estruturante do nosso projeto,
centrado na tecnologia.
Para tal, foram lançados
cinco grandes objetivos: Rede LoRA Municipal; Plataforma de IoT/ Urbana e app
smartcity; Instalações artísticas por cada pilar da mosaic; Envolvimento com a
sociedade através de ações com escolas e entidades do terceiro setor; e envolvimento
com entidades externas.
No futuro, queremos lançar
novos verticais na cidade, como metering de águas, a iluminação pública
inteligente, os resíduos, a rega inteligente, as comunidades de energia
renovável (CER) , entre outros, integrando-os na plataforma da internet das
coisas IoT. Depois, queremos criar um modelo de Gestão e Operação para a cidade
com base numa camada agregadora de dados e continuar a ligação ao elo cultural
através de mais instalações de arte ligadas aos eixos e pilares orientadores do
projeto Esposende Smartcity.
Atualidade das
Smartcities
Hoje, a temática das Smartcities
assume um papel preponderante na definição de estratégias sociais, económicas e
da própria transformação digital nos territórios. Um dos reflexos dessa
importância é o facto de as SmartCities serem hoje um cluster do país e isso
afirma uma grande oportunidade na definição de estratégias de coesão e
desenvolvimento territorial.
Vivemos uma nova
convergência a nível mundial, com grande impacto nas cidades e nos territórios.
Hoje, os grandes desafios estão no ambiente, nas alterações climáticas, na
escassez de recursos, na descarbonização e na própria transição digital. No
entanto, esta convergência traz também novos horizontes de resposta, através de
novas possibilidades tecnológicas, como a internet das coisas, as novas fontes
de energia e mobilidade verdes, a computação em nuvem, a internet dos serviços
e das coisas, o blockchain, a inteligência artificial e as redes de alta
capacidade fixas e móveis, sem nunca esquecer o pano de fundo dos desafios
societais atuais e do foco principal nos cidadãos e no seu bem-estar.
Assente nos pilares
Sustentabilidade, Pessoas, Território e Arte, e tendo como grande propósito a
qualidade de vida das populações, o projeto desenvolve-se em cinco eixos:
Cidade Analítica, Cidade Resiliente, Cidade Preditiva, Cidade de Conhecimento e
Educação e, ainda, Território Criativo, vetores que se relacionam
intrinsecamente com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas - a mosaic, projeto de
smartcities do dstgroup, foi o aliado do município de Esposende na criação das
fundações para dar resposta tecnológica e digital a esta nova convergência e
desafios inerentes, prontos a avançar com tão ambicioso processo de transformação,
assente nos pilares e eixos estratégicos definidos no inicio, enquanto a zet gallery
foi a aliada do município na dinamização do eixo criativo, através das
instalações artísticas.