CANTINHO DOS LOBOS DO MAR
Fuga da “beijuda….”
O 3º Grupo de Combate dos “Mais de Nova
Sintra” foi garantir a segurança da estrada Tite-Enxudé, um acesso de extrema importância, uma vez que o cais do
Enxudé, garantia o acesso, por via
marítima e fluvial, à cidade de Bissau, através da utilização de pequenas
embarcações para o transporte de tropas, material de guerra e outras
mercadorias..
No seu abrigo, o Barros entretinha-se a
comer castanhas de caju oferecidas por
um grupo de crianças que, geralmente, recebiam sopa quentinha vinda da cozinha
de Tite, que era pedida pelo furriel Barros.
Sobrava sempre sopa já que, a maioria dos soldados, não a comia e, deste modo, “matava-se a fome” aquelas gentis e simpáticas crianças que, com os seus sorrisos, alegravam o ambiente.
De repente, ouviu-se uma gritaria tremenda:
-Socorro, socorro, ele vem atrás de mim,
gritava uma jovem beijuda africana que fugia de um pretendente ao casamento…
-Furriel, ajude-me. Ajude-me…
O Barros não se queria envolver numa situação
complicada e que não lhe dizia respeito e respondeu à jovem para fugir para a
mata densa que eu iria despistar o intruso…
Passados momentos, numa correria
louca apareceu o africano, suando por todos os poros da pele e perguntou ao
Barros se tinha visto a beijuda?
Respondeu-lhe que sim e que ela tinha fugido por aquele caminho,
totalmente oposto ao percurso seguido pela jovem africana…
Naturalmente que os dois jamais se
encontrariam e até ao final do dia, nunca mais soube do desfecho daquela
“intriga” não palaciana mas, “Tabancaciana”…
Acontece-me
cada uma, desabafou o furriel Barros para um soldado que o acompanhava
na segurança…
Para esquecer isto, o Barros convidou o amigo para
beberem uma cerveja fresquinha que
estava, entro de um balde com água perto do unemog…
Tite, 1972
Ex-furriel Barros
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