Esposende
selecionado para validar modelo nacional de saúde digital para acompanhamento
de grupos de risco
Face ao
contexto de pandemia provocado pela Covid-19, o Município de Esposende vai
avançar com um projeto digital pioneiro na área da Saúde, que terá como
principal foco doentes crónicos e grupos de risco.
Ciente de
que situações excecionais exigem respostas diferenciadoras, a Câmara Municipal
candidatou ao Fundo da Fundação Gulbenkian um projeto para a criação de uma Via
Verde colaborativa para minimização de riscos em grupos vulneráveis e de risco
em tempo de pandemia por Covid-19. Esta plataforma pressupõe a monitorização e
mapeamento de necessidades no acompanhamento de doentes crónicos, apoio de
saúde e social a grupos de risco e articulação municipal.
O Fundo da
Fundação Gulbenkian destina-se a financiar a implementação de Soluções Digitais
no âmbito da atual pandemia pelo novo coronavírus, nomeadamente no que concerne
ao desenvolvimento de plataformas eletrónicas ou app’s para a promoção da saúde
pública e da mitigação dos seus efeitos. Estas soluções terão como objetivos
disseminar mensagens de saúde pública e informação fidedigna associada à
pandemia; promover cuidados de saúde remotos; promover a boa gestão da
sintomatologia e da própria doença; e mobilizar recursos e redes de apoio e
outras necessidades.
No contexto
dos 308 municípios do país, Esposende é o único que integra a lista de
selecionados, posicionando-se num patamar vanguardista e de assinalável
responsabilidade, na medida em que se propõe assegurar respostas mais rápidas e
eficazes, nomeadamente no que concerne ao acompanhamento de doentes crónicos,
especialmente para aqueles cujos tratamentos transitaram para domicílio. Prevê
também o auxílio integrado para pessoas mais vulneráveis (infetados, doentes em
situação de urgência por outras causas, grávidas e seus cuidadores); a
disponibilização da rede de apoio social aos cidadãos (alimentação, medicação e
outros bens essenciais); a gestão logística e emocional; e a antecipação da
limitação e eventual falta de recursos municipais.
Para a
implementação deste projeto, o Município terá como parceiros o ACES Cávado III,
o Centro Hospitalar São João, o IPO Porto, a Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, o I3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, a
Plataforma Saúde em Diálogo, o Laboratório de Criação para a Literacia em Saúde,
bem como as empresas INESC TEC e BRIGHT.
No contexto
das competências das autarquias locais na área da Saúde, o Município de
Esposende tem, desde há vários anos, respondido às necessidades na área da
Literacia em Saúde, a partir de uma estratégia de envolvimento do cidadão. Este
projeto colaborativo estabelece uma estratégia de articulação rápida entre os
diversos parceiros locais para responder às necessidades do cidadão durante a
pandemia, privilegiando-se o seu direto envolvimento e participação. A sua
materialização enquadra-se nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, refletidos
para o programa de ação do Município.