Bom
dia, companheiros e amigos!
Permitam-me
saudar-vos em nome do Partido Ecologista Os Verdes e agradecer uma vez mais a
vossa presença.
O
Porto foi a cidade escolhida para a apresentação dos candidatos dos Verdes na
lista da CDU ao Parlamento Europeu. A Estação de São Bento é um local de
partidas e chegadas, de despedidas, de saudações efusivas, de aventuras, de
solidão. Estas paredes são testemunhas diárias do frenesim da cidade de quem
vai e vem. Nos últimos anos têm sido o palco principal do turismo, sendo comum
ouvirmos os guias bem cedo a explicar a história dos belos azulejos, com este
espaço cheio de gente de todas as partes que procura conhecer a cultura dos
portugueses.
Esta estação foi escolhida para que, deste espaço
emblemático, Os Verdes assumam a acção ecologista e o compromisso com o Futuro.
Temos um compromisso com as populações que se faz do dia-a-dia assente na acção
de tantas mulheres e homens, de que se destacamos eleitos da CDU, pela sua
proximidade junto das populações e dos seus problemas. Através desta
proximidade continuamos a dar o nosso contributo para uma Democracia plena em
Portugal, seja a nível local, no nível nacional e até no quadro da União
Europeia.
Caros
companheiros e amigos,
No
dia 26 de Maio os portugueses vão ser chamados para mais um acto eleitoral em
que se decide quem serão os deputados eleitos para o Parlamento Europeu.
O
PEV concorre integrado na CDU, Coligação Democrática Unitária que, para além do
PCP e da Associação Intervenção Democrática, inclui ainda numerosos
independentes, homens e mulheres sem Partido, que partilham connosco a dimensão
da defesa da justiça social, do respeito pelos direitos dos cidadãos e do desenvolvimento, em que a
defesa da diversidade natural e cultural assenta em modos de vida saudável e
solidário.
A
situação do país exige nestas eleições, para o Parlamento Europeu, a eleição de
deputados empenhados e comprometidos com essas causas, com a defesa das
especificidades, das potencialidades, dos interesses e da soberania nacionais.
As
políticas promovidas pela União Europeia não têm garantido respostas sólidas
para as questões do país, como por exemplo ao nível da Política Agrícola Comum,
bem como a grandes questões a nível mundial como são as Alterações Climáticas
ou a Paz. Pelo contrário, a União Europeia promove políticas que agravam esses
problemas, como são exemplos os Tratados de Comércio Internacional que, ao
liberalizarem o comércio, têm como consequência o incremento de práticas
agrícolas e industriais lesivas do equilíbrio ambiental e são potenciadoras das
alterações climáticas, bem como a cumplicidade com as políticas de ingerência
dos Estados Unidos da América e da NATO, com o seu cortejo de vítimas.
Todos
os dias ouvimos apelos às mudanças de comportamentos dos cidadãos, mas não
chega apelar aos cidadãos, é necessário exigirem-se políticas de fundo que
protejam os nossos mares, os nossos solos, que promovam uma alimentação saudável,
que preservem a biodiversidade animal e vegetal. São urgentes políticas e
medidas que ponham fim à delapidação dos recursos naturais e promovam o
equilíbrio entre o homem e a natureza.
Estas
eleições realizam-se num momento em que precisamos de consolidar os passos
dados após o período negro da Troika e das imposições da União Europeia que
travam o desenvolvimento do nosso país, que empobrecem o povo português e num
passado recente expulsaram os jovens portugueses para os vários cantos do
Mundo. Estas eleições realizam-se num momento de conflitos mundiais, de
migrações e de perda de biodiversidade.
É
necessário Avançar. O voto dos portugueses é decisivo para se Avançar na
procura das respostas adequadas a estas e outras grandes questões. Nos últimos
anos de governação em Portugal tornou-se visível o quanto a voz dos Verdes e
dos eleitos da CDU é importante para a procura de respostas e de soluções para
o desenvolvimento do país, e o quanto será importante também uma voz Verde na
União Europeia.
Companheiros
e amigos,
Os
Verdes apresentam-vos hoje não só os seus três candidatos, que representam o
país, com experiência das suas localidades, dos seus locais de trabalho, da
luta pelo bem comum. Candidatos com trabalho realizado junto das populações,
trabalho reconhecido pela coerência e firmeza de princípios.
Hoje
o Partido Ecologista Os Verdes
também anuncia os 10 compromissos com que parte para as eleições ao Parlamento
Europeu de 2019.
O compromisso de defender os
interesses nacionais no Parlamento Europeu. A primeira
obrigação de cada deputado português é defender que as políticas da União
Europeia atendam às especificidades e potencialidades do nosso país e do nosso
povo.
Defender as pessoas e os
seus direitos em comunhão com a natureza. Assegurar
um compromisso ecologista, significa garantir uma justiça social e ambiental
promovendo uma democracia participativa.
Valorizar o transporte
público e uma mobilidade sustentável, a preços baixos,
confortáveis e com horários diversificados que dêem as respostas às
necessidades das populações, para criar hábitos de substituição do transporte
individual pelo colectivo, contribuindo também para atingir os objectivos de
descarbonização.
Promover a eficiência
energética transitando para as energias renováveis. São
necessárias políticas de poupança energética e de promoção das energias
renováveis limpas e diversificadas com particular incidência na energia solar.
Desenvolver a Economia
Circular mais verde, inovadora e justa, recusando
os Tratados Internacionais de Comércio que comprometem o ambiente, tendo em
vista apenas os grandes interesses económicos.
Proteger a Natureza e a
Biodiversidade, promovendo uma floresta diversificada,
combatendo a monocultura florestal com fins industriais e promover as espécies
autóctones reforçando os meios financeiros para tal. Recusar a canalização de
fundos comunitários para o Eucalipto e outras espécies de crescimento rápido.
Produzir e consumir local,
alimentos livres de OGM e pesticidas. Produção
local e consumo local permite, não apenas incrementar a economia local, como promove
práticas agrícolas mais amigas do ambiente, oferecendo uma alimentação mais
saudável para as populações.
Combater a poluição do ar e
da água, reduzir os plásticos, proteger os rios e mares. Torna-se
cada vez mais importante proteger as populações dos inúmeros riscos para a
saúde através da ingestão ou inalação de químicos, hormonas, nitratos ou
micro-plásticos.
Promover a democracia e da Paz. Exigir que a UE deixe de ser um “condomínio fechado” de eurocratas longe das necessidades e das vontades dos povos e exigir que a União Europeia seja promotora de políticas de paz dentro e fora dela.
Promover a democracia e da Paz. Exigir que a UE deixe de ser um “condomínio fechado” de eurocratas longe das necessidades e das vontades dos povos e exigir que a União Europeia seja promotora de políticas de paz dentro e fora dela.
Lutar por direitos iguais
para todos e defender o direito ao asilo. Contra
a violência de género, contra a discriminação, contra a desigualdade.
Deixámos
este compromisso para último para aproveitar para lembrar que hoje é dia de
luto nacional pelas vítimas de violência doméstica. Relembrando também que Os
Verdes estão nesta luta todos os dias, não podemos deixar cair no esquecimento
todas as mulheres que pagaram com a vida a falta de protecção, ou o descrédito
na hora da denúncia e a angústia de serem novamente humilhadas e expostas,
reafirmamos que infelizmente, em pleno 2019, ainda temos um longo caminho para
trilhar até atingirmos a igualdade de direitos, no trabalho e na vida e assim
exigirmos o fim da violência de género.
Da estação ferroviária de São Bento, no Porto,
Avançamos, abrindo um caminho novo, um compromisso com e pelos jovens, com e
pelas populações, com e pelos trabalhadores, com e pelas mulheres, com e pelo
ambiente. Avançamos e contamos com cada um de vós, com cada um de nós, para
continuarmos a afirmar que quanto maior for a força dos partidos que constituem
a CDU, mais perto estaremos de concretizar as políticas certas para desenvolver
Portugal.
Com Os Verdes e com a CDU
Por uma Europa mais verde,
mais justa, mais solidária.