Município de Esposende combate
lagarta do pinheiro nas escolas
No sentido de reduzir o risco de contacto dos
alunos com a lagarta do pinheiro (Thaumetopoea
pityocampa), o Município de Esposende procedeu, durante o passado mês de
janeiro, à intervenção de abate das espécies hospedeiras desta praga nos
estabelecimentos concelhios de ensino básico, na medida em que a contenção da
praga por via das metodologias preventivas se demonstrou, nesta fase, já não
ser suficientemente eficaz.
A
processionária ou lagarta do pinheiro é o principal inseto desfolhador dos
pinheiros e cedros em Portugal e o seu nome advém-lhe do facto de constituir
longas procissões de lagartas que se dirigem das árvores para o solo, onde irão
crisalidar.
Nos últimos
anos, e provavelmente com direta relação com as alterações climáticas, têm-se
observado ataques de elevada intensidade desta praga, e, em ambiente urbano, impõe-se
uma vigilância constante e combate urgente dadas as consequências que pode
trazer em termos de saúde pública.
O contacto
físico direto com as lagartas deve ser sempre evitado, pois possuem pelos
urticantes que podem causar graves reações alérgicas no Homem e animais. Também
a inalação terá os mesmos efeitos, de entre os quais se indica a urticária, com
registo de irritações na pele (geralmente ardor, comichão e manchas avermelhadas
na pele), irritações nos olhos (olhos avermelhados, inchados e com comichão), e
alterações no aparelho respiratório (dificuldade respiratória).
Sendo a prevenção o principal
objetivo, as formas de combate mais eficazes são os tratamentos químicos, nos
meses de setembro a novembro, com injeção de inseticida nos ninhos e sua subsequente
remoção mecânica e incineração. Em árvores de altura superior a 20 metros, para
segurança dos operadores, a incineração é efetuada na própria árvore, com kit
telescópico de incineração. Entre junho e setembro, recomenda-se o uso de cintas
armadilhas e destruição das lagartas em procissão e pupas no solo.
Para evitar
a propagação desta praga, deixa-se um alerta geral à população para que as
situações de natureza privada sejam devidamente tratadas pelos respetivos
proprietários dos terrenos/árvores, nunca descurando as questões de segurança,
nomeadamente devendo ser utilizadas luvas máscara e óculos durante o processo
de remoção das lagartas e de sua queima.