Município
de Esposende promoveu espetáculos itinerantes de
Teatro e Música a encerrar o ano letivo
O Município de Esposende promoveu a itinerância pelos
estabelecimentos de educação, de dois espetáculos de Teatro e Música, como
forma de assinalar o Dia Mundial da Criança e o encerramento do ano letivo. A peça
de teatro “A Menina Serpente” e a “Viagem pelo Universo dos Instrumentos” contabilizaram
um total de 47 espetáculos e inseriram-se na programação do Fórum da Educação.
A cargo da Companhia “Teatro da Lua”, e dirigido a todas
as crianças da educação pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), foi
apresentada a peça “A Menina Serpente”, numa adaptação e dramatização que teve
por base a obra, criada e ilustrada, por Almada Negreiros, neste ano em que se
comemora os 125 anos do seu nascimento. A obra “A menina Serpente” foi
publicada pela primeira vez em 1926 no Semanário “Sempre Fixe”, juntamente com
“Era Uma Vez” e “O Sonho de Pechalim”.
Em palco estiveram uma atriz/contadora de histórias, um
músico, vários objetos, uma marioneta e alguns instrumentos musicais, entre
eles um harmónio praticamente com a mesma idade deste conto. Em termos cénicos,
a ideia passou por recriar um ambiente de saltimbanco, fazendo a plateia recuar
um século, para uma pequena terra onde uma rapariga se apresentava com o
enigmático nome de Menina Serpente. Foram realizadas 36 sessões, abrangendo um
total de cerca de 2100 crianças.
No campo da arte dos sons, e com produção da Escola de
Música de Esposende, foi a apresentado o espetáculo “Viagem pelo Universo dos
Instrumentos”, dirigido aos alunos do 1.º CEB. Inspirado na história do
“Principezinho”, de Saint-Exupéry, e na Suite “Quadros de uma Exposição”, de
Mussorgsky, através de um conceito performativo que tinha como grande objetivo
apresentar e demonstrar várias famílias de instrumentos, o espetáculo
apresentava a viagem de uma criança – o Zé Manel Pianolas -, que tocava piano e
habitava no Planeta das Teclas. Certo dia, a bordo da sua nave espacial –
Pianave –, resolveu fazer uma viagem pelo espaço à descoberta de outros
instrumentos, proporcionada pela paragem em cinco planetas diferentes, cada um
(com uma exceção) com o nome de uma família de instrumentos - Teclas, Cordas
Friccionadas, Sopros e Cordas Beliscadas – onde cada habitante tocava um
instrumento dessa família, a solo e em conjunto.
Mas havia um 5º planeta, da família dos “Ecrãs”, onde o
comportamento dos seus habitantes era muito estranho, totalmente contrastante
com os outros, onde nem sequer havia música, e que, por ventura, tem muitas
semelhanças com os múltiplos contextos onde interagimos no nosso dia a dia,
onde a comunicação entre as pessoas se faz cada vez de forma virtual, através
dos ecrãs, e menos através do contacto direto e da partilha de afetos.
A “Viagem pelo Universo dos Instrumentos” abrangeu cerca
de 1200 alunos, num total de 11 espetáculos.