Tertúlia marca
arranque
das comemorações dos
25 anos
do Museu
Municipal de Esposende
“(Re)Visitando
25 anos do Museu Municipal de Esposende”, reuniu em tertúlia os representantes
dos executivos municipais de 1993 e atual, contextualizando a evolução deste
projeto museológico, desde a génese até aos nossos dias. A obra de remodelação
do edifício, no final do século passado, significou um enorme esforço
financeiro, aludiram os autarcas de então e os representantes do atual
Executivo Municipal querem conferir nova centralidade a este espaço
museológico.
A tertúlia juntou à mesa Alberto Figueiredo e Albino
Penteado Neiva, respetivamente Presidente da Câmara Municipal e Vereador da
Cultura, em 1993, e o atual Presidente do Município, Benjamim Pereira e a Vereadora
da Cultura, Angélica Cruz. Esta iniciativa assinalou o Dia Internacional dos
Museus e Noite dos Museus (18 de maio), assim como o arranque das comemorações
do 25.º aniversário do Museu Municipal (1993-2018) que se prolongam até 19 de
agosto de 2019.
Benjamim Pereira destacou a “dinâmica sem paralelo na
região”, desenvolvida pelo Município de Esposende, apontando a Rede de Museus
municipal como um exemplo da maximização de resultados que se pretende obter.
“Essa rede reúne 24 instituições, três museus (Museu Marítimo, Museu Municipal
e Casa Viana de Lima), cinco núcleos museológicos, (Sargaceiros de Apúlia,
Santa Casa da Misericórdia de Fão, Santa Casa da Misericórdia de Esposende,
Bombeiros Voluntários de Fão e Bombeiros Voluntários de Esposende), 15 coleções
visitáveis (paróquias) e um Centro Interpretativo”, recordou o Presidente da
Câmara Municipal de Esposende, lembrando que os Museus do Junco, em Forjães e
do Sargaço, em Apúlia serão uma realidade muito em breve.
“Temos procurado parceiros, para ultrapassar as
dificuldades que o Estado coloca, nomeadamente com a Universidade do Minho, com
o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave ou com o Forum Esposendense. É assim
que pretendemos intervir no Forte de S. João Batista, onde o projeto contempla
uma forte componente museológica”, vincou Benjamim Pereira, em jeito de
complemento ao repto lançado por Alberto Figueiredo que defende a instalação do
Museu do Mar no farol existente no Forte.
De resto, o antigo Presidente da Câmara Municipal de
Esposende defendeu a sua perspetiva do papel de uma autarquia: “pensar para
além do tempo e para além de nós próprios”. Essa foi a motivação da intervenção
no atual Museu Municipal, lembrando Alberto Figueiredo que, “em 1992, a
autarquia tinha no terreno obras no valor de 25 milhões de euros”, considerando
que o investimento feito em Esposende contribuiu para “o orgulho que muitos
esposendenses sentem na sua sede de concelho”.
O vereador da Cultura, à data da inauguração do Museu
Municipal, Albino Penteado Neiva, vincou “a sagacidade do então Presidente da
Câmara que fez forte aposta na cultura, enquanto outros municípios lutavam por
obras de água e saneamento”. O antigo vereador defendeu, ainda, a instalação de
uma coleção permanente no Museu Municipal.
Por seu turno, a atual vereadora com o Pelouro da
Cultura, Angélica Cruz, considerou que este tipo de tertúlias facultou a
possibilidade de auscultar “lições de vida de homens e mulheres que querem
comprometer-se com o desenvolvimento do nosso território”. Relativamente ao
Museu Municipal, a vereadora defendeu um trabalho de abertura a todo o
concelho, materializado no projeto em curso “À descoberta de…” que promove
visitas históricas a cada freguesia de Esposende.
A anteceder a tertúlia atuou o Coro Ars Vocalis, sob a direção
de Helena Venda Lima e acompanhado por Diogo Zão ao piano e foi projetado um
filme sobre o percurso do ano inaugural do Museu Municipal.
Desde a abertura, o Museu Municipal já acolheu mais de
400 mil visitantes, mais de 30 mil alunos e apresentou mais de 40 exposições.