domingo, 20 de maio de 2018

Museu Municipal de Esposende



Tertúlia marca arranque
das comemorações dos 25 anos
do Museu Municipal de Esposende
“(Re)Visitando 25 anos do Museu Municipal de Esposende”, reuniu em tertúlia os representantes dos executivos municipais de 1993 e atual, contextualizando a evolução deste projeto museológico, desde a génese até aos nossos dias. A obra de remodelação do edifício, no final do século passado, significou um enorme esforço financeiro, aludiram os autarcas de então e os representantes do atual Executivo Municipal querem conferir nova centralidade a este espaço museológico.

A tertúlia juntou à mesa Alberto Figueiredo e Albino Penteado Neiva, respetivamente Presidente da Câmara Municipal e Vereador da Cultura, em 1993, e o atual Presidente do Município, Benjamim Pereira e a Vereadora da Cultura, Angélica Cruz. Esta iniciativa assinalou o Dia Internacional dos Museus e Noite dos Museus (18 de maio), assim como o arranque das comemorações do 25.º aniversário do Museu Municipal (1993-2018) que se prolongam até 19 de agosto de 2019.
Benjamim Pereira destacou a “dinâmica sem paralelo na região”, desenvolvida pelo Município de Esposende, apontando a Rede de Museus municipal como um exemplo da maximização de resultados que se pretende obter. “Essa rede reúne 24 instituições, três museus (Museu Marítimo, Museu Municipal e Casa Viana de Lima), cinco núcleos museológicos, (Sargaceiros de Apúlia, Santa Casa da Misericórdia de Fão, Santa Casa da Misericórdia de Esposende, Bombeiros Voluntários de Fão e Bombeiros Voluntários de Esposende), 15 coleções visitáveis (paróquias) e um Centro Interpretativo”, recordou o Presidente da Câmara Municipal de Esposende, lembrando que os Museus do Junco, em Forjães e do Sargaço, em Apúlia serão uma realidade muito em breve.
“Temos procurado parceiros, para ultrapassar as dificuldades que o Estado coloca, nomeadamente com a Universidade do Minho, com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave ou com o Forum Esposendense. É assim que pretendemos intervir no Forte de S. João Batista, onde o projeto contempla uma forte componente museológica”, vincou Benjamim Pereira, em jeito de complemento ao repto lançado por Alberto Figueiredo que defende a instalação do Museu do Mar no farol existente no Forte.
De resto, o antigo Presidente da Câmara Municipal de Esposende defendeu a sua perspetiva do papel de uma autarquia: “pensar para além do tempo e para além de nós próprios”. Essa foi a motivação da intervenção no atual Museu Municipal, lembrando Alberto Figueiredo que, “em 1992, a autarquia tinha no terreno obras no valor de 25 milhões de euros”, considerando que o investimento feito em Esposende contribuiu para “o orgulho que muitos esposendenses sentem na sua sede de concelho”.
O vereador da Cultura, à data da inauguração do Museu Municipal, Albino Penteado Neiva, vincou “a sagacidade do então Presidente da Câmara que fez forte aposta na cultura, enquanto outros municípios lutavam por obras de água e saneamento”. O antigo vereador defendeu, ainda, a instalação de uma coleção permanente no Museu Municipal.
Por seu turno, a atual vereadora com o Pelouro da Cultura, Angélica Cruz, considerou que este tipo de tertúlias facultou a possibilidade de auscultar “lições de vida de homens e mulheres que querem comprometer-se com o desenvolvimento do nosso território”. Relativamente ao Museu Municipal, a vereadora defendeu um trabalho de abertura a todo o concelho, materializado no projeto em curso “À descoberta de…” que promove visitas históricas a cada freguesia de Esposende.
A anteceder a tertúlia atuou o Coro Ars Vocalis, sob a direção de Helena Venda Lima e acompanhado por Diogo Zão ao piano e foi projetado um filme sobre o percurso do ano inaugural do Museu Municipal.
Desde a abertura, o Museu Municipal já acolheu mais de 400 mil visitantes, mais de 30 mil alunos e apresentou mais de 40 exposições.