Esposende adota estratégia de adaptação
às alterações climáticas
O Município de Esposende
promoveu hoje, no âmbito de um projeto intermunicipal sob a coordenação da
Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, uma reunião de trabalho que visa
contribuir para a preparação de uma estratégia concertada de adaptação às
alterações climáticas no território da NUT III Cávado. Além de autarcas e
técnicos municipais, participaram também elementos das áreas da Proteção Civil
e Socorro, Saúde, Turismo, Economia e de Organizações Não Governamentais da
Área do Ambiente.
“Pretende-se envolver a
comunidade local e todas as entidades com intervenção no nosso território, por
forma a desenvolver uma estratégia que permita despoletar a implementação de
ações visando a minimização dos efeitos das alterações climáticas, ações essas
suscetíveis de virem a ser candidatadas a programas e financiamentos”,
esclareceu Alexandra Roeger, vice-presidente da Câmara Municipal de Esposende.
Estas reuniões concelhias
seguem-se à aprovação da candidatura submetida pela CIM Cávado, denominada
“Estratégia Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas no território
da NUTS III Cávado” que na sua principal ação prevê a “elaboração da estratégia
que permitirá obter um conhecimento das vulnerabilidades atuais e futuras do
Vale do Cávado, concretas e direcionadas. Queremos sinalizar situações que
exigem atuação”, como explicou o primeiro secretário-executivo da CIM Cávado,
Luís Macedo.
Durante as reuniões em curso
nos seis concelhos que integram esta estrutura (Amares, Braga, Barcelos,
Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde), os técnicos apuram informação e
conhecimento tendente a consolidar e desenvolver bases científicas e técnicas
sólidas. O objetivo último assenta na redução da vulnerabilidade da região e no
aumento da capacidade de resposta.
Em Esposende, foram
relevadas as diferenças do território, nomeadamente a dicotomia
litoral-interior, com todas as especificidades que caraterizam o concelho.
Divididos em grupos setoriais, os participantes debateram os seguintes temas:
“agricultura, florestas e biodiversidade”, “turismo e economia”, “energia e
transportes”, “governação, saúde e segurança”, “recursos hídricos e zonas
costeiras” e “ordenamento do território”.
No final, o conhecimento será
partilhado com os agentes sociais, suscitando a maior participação possível e
será incentivada a adoção das medidas nos processos de planeamento e decisão de
agentes locais e regionais.