“O Auto dos Bons Diabos”
na Igreja Românica de S. Martinho de Balugães
O Teatro de Balugas apresenta no dia 30 de julho, pelas 21h30, no adro da Igreja Românica de S. Martinho de Balugães, a peça “O Auto dos Bons Diabos”. A produção teatral integra a programação das X Jornadas Culturais de Balugães.
Numa cultura de valorização do espaço da Igreja Românica de S. Martinho de Balugães e da materialização artística da memória coletiva da mesma aldeia, a companhia local adaptou “O Auto dos Bons Diabos”, de Cândido Sobreiro para teatro de rua, envolvendo as várias associações da freguesia que também participam no espetáculo.
A peça é o relato de um artista de teatro popular que se desdobra em histórias e personagens dessa mesma história, do desaparecimento do mundo rural, da festa feita nas terras pelas gentes que contavam apaixonadamente as suas crenças, tradições e costumes, de uma certa ideia de progresso que não serve homens nem comunidades.
“– Estou a ficar velho, mas hei-de morrer a cavar a terra, ou nas tábuas do palco,
Ela já mo disse, ó homem cava já o buraco que com as tábuas do teatro faz-se o caixote e assim não se gasta dinheiro com o funeral”.
Baltazar Diabo e a sua companhia são últimos resistentes do que resta de um vale outrora rural, esvaziado em grande parte pela fuga para as cidades, vilas e estrangeiro. Aqui habitam histórias de resiliência e sobrevivência, onde a cultura popular de gerações resiste nas mãos de um punhado de artistas anónimos.
Paulo Alegria fotografa “O Auto dos Bons Diabos”
Em Agosto de 2013, o Teatro de Balugas levou à cena “Abaixo o TGB S. Martinho de Balugães – Santiago de Compostela”, também no adro da Igreja Românica de S. Martinho de Balugães, emblemático lugar da aldeia. Este ato artístico foi registado pelo realizador Miguel Filgueiras, autor do filme documental “Alto do Minho”. Este ano, será o fotógrafo Paulo Alegria, autor dos trabalhos “Peregrinos~Pilgrims” e “Cultura Magra” a registar, através da sua objetiva, o teatro comunitário do Teatro de Balugas presente em “O Auto dos Bons Diabos”.
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