Esposende
comemorou, no dia 19 de Agosto, os 441 anos do Município e o 20.º aniversário
da elevação a cidade. A data festiva ficou marcada pela inauguração das obras
de requalificação do Auditório Municipal, exactamente vinte anos após a
inauguração deste equipamento. A sessão solene, que habitualmente se realiza no
Salão Nobre dos Paços do Concelho, decorreu, por isso, no Auditório Municipal,
perante uma vasta assistência, que lotou completamente o espaço.
No
último Dia do Município sob a sua Presidência, João Cepa fez uma intervenção em
jeito de balanço, num discurso emotivo e emocionado. “Foram 15 anos ao longo
dos quais tivemos de travar lutas muito intensas, enfrentando dificuldades,
principalmente no plano financeiro, e contornando adversidades”, referiu o
Presidente da Câmara Municipal, traçando, contudo, balanço positivo do trabalho
desenvolvido. Agradeceu a confiança da população, o contributo dos que
assumiram os mandatos autárquicos, bem como o contributo dos que “souberam e
quiseram colocar os interesses do concelho acima de qualquer interesse
político-partidário, e com o seu trabalho e dedicação contribuíram para que
Esposende seja hoje um concelho mais desenvolvido, com maior qualidade de vida
e mais reconhecido”.
Não
obstante considerar que todos os projectos foram importantes, João Cepa
destacou alguns que “tiveram importância acrescida, principalmente porque eram
objectivos perseguidos há muitos anos”, nomeadamente a Requalificação da Zona
Ribeirinha de Esposende e da Frente Marítima de Apúlia, a Central de
Camionagem, a Casa da Juventude, o Centro de Educação Ambiental, o Centro
Interpretativo de S. Lourenço, o Fórum Municipal Rodrigues Sampaio e o Centro
de Segurança Pública. O Autarca não deixou, no entanto, de apontar outros
investimentos realizados nas 15 freguesias do concelho, em domínios tão
variados como o desporto, a educação, a acção social, o desenvolvimento
económico, o ambiente, a rede viária ou a requalificação urbana. “Em 15 anos
foram quase 400 investimentos de média/grande dimensão concretizados e cerca de
150 milhões de euros investidos”, afirmou, manifestando orgulho pelo patamar de
desenvolvimento do concelho e expressando o sentimento de dever cumprido.
Na
hora da partida, João Cepa não esconde que gostaria de cumprir mais um mandato
autárquico, que lhe permitisse concretizar os projectos que sempre ambicionou,
mas que “o tempo e os recursos não permitiram concretizar”, designadamente o
Parque da Cidade, a Escola de Artes, o Auditório da Casa da Juventude, o Parque
Temático dos Moinhos da Abelheira, o prolongamento para Sul da Ciclovia da Zona
Ribeirinha e a resolução “do eterno problema” da navegabilidade do Cávado. “Deixo,
contudo, trabalho já desenvolvido, nomeadamente projectos elaborados, e deixo o
Município com condições financeiras para encarar o futuro com optimismo e com a
possibilidade de transformar estes e outros projectos numa realidade”, afiançou
o Autarca, indicando o caminho a quem o suceder ao apontar o novo Quadro
Comunitário de Apoio, para que o Município “prepare atempadamente os seus
projectos e defina com clareza as linhas estratégicas de desenvolvimento para o
período 2014-2020”.
Da
sua experiência autárquica, João Cepa, assumido “municipalista convicto”,
realçou como aspecto negativo “o ataque” ao Poder Local, “desde a limitação de
mandatos, aplicada somente aos autarcas, deixando de fora deputados e
governantes, até às sucessivas alterações à Lei das Finanças Locais, passando
pelos condicionalismos impostos ao Sector Empresarial Local”. O Autarca não
deixou de criticar os “programas de apoio aos que, não sabendo gerir os
recursos públicos, acumularam milhões e milhões de euros de dívidas, fruto de
um esbanjar de dinheiro em obras megalómanas e em festas e eventos faustosos”.
Para
o final da sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal deixou alguns
agradecimentos pessoais, justificando: “se aqui cheguei foi porque tive a sorte
de encontrar, ao longo deste percurso, pessoas que acreditaram em mim, que me
apoiaram e que me ajudaram”.
Porque
era seu desejo ter na sessão solene do Dia do Município um exemplo do trabalho
de excelência realizado, coube a João Cepa a apresentação do que considerou “uma
das maiores e melhores «obras»” da sua Presidência: o Coro dos Pequenos
Cantores de Esposende, que presenteou a assistência com uma pequena actuação e
o Autarca com uma lembrança e a interpretação do tema musical da sua
preferência. Emocionado, o Presidente da Câmara Municipal agradeceu e elogiou o
projecto, apelando ao futuro executivo para que continue a apoiar o Coro de
Pequenos Cantores de Esposende.
O
discurso do Presidente da Assembleia Municipal de Esposende foi, também, de
despedida. Couto dos Santos deixa o cargo após dois mandatos consecutivos e
traça um balanço positivo de oito anos de trabalho autárquico, assumindo que
“depois de uma larga carreira política encontrei na experiência autárquica uma
das mais gratificantes”. Expressou palavras de agradecimento aos deputados
municipais e não esqueceu os Presidentes de Junta, a quem prestou homenagem
pelo “trabalho e dedicação à causa pública”. Expressou apreço pela “visão
estratégica” de João Cepa e pelo “esforço que sempre fez para, após as
eleições, esquecer o partidarismo e colocar a instituição aos serviços dos
munícipes”. O Presidente da Assembleia Municipal teceu fortes críticas à lei da
limitação de mandatos, considerando-a “um absurdo político e um lapso da
democracia”, criticando igualmente os responsáveis políticos que contribuíram
para a crise que atinge o país.
Além
da Sessão Solene, o programa do Dia do Município inclui o Concerto da Aurea, no
Largo dos Bombeiros, a que assistiram cerca de 12 mil pessoas, e uma sessão de
fogo-de-artifício, na Zona Ribeirinha da cidade.
O
Serviço de Comunicação e Imagem da CME
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