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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Requalificação da Frente Ribeirinha de Esposende - Município ameaça abandonar Polis Litoral Norte


Requalificação da Frente Ribeirinha de Esposende
Município ameaça abandonar Polis Litoral Norte

“Com ou sem Programa Polis, nós continuaremos a investir na valorização do nosso litoral” garantiu o Presidente da Câmara Municipal de Esposende, na cerimónia de inauguração da Requalificação da Frente Ribeirinha de Esposende, que teve lugar no passado sábado, dia 14 de Julho.

O acto marcou a abertura do espaço mais a Norte, que foi requalificado no âmbito do Programa Polis. A intervenção custou cerca de 1,1 milhões de euros e traduziu-se no alargamento do passeio marginal existente com a construção de uma ciclovia e de um passadiço sobre a margem do rio, na área de sapal, e construção de um passadiço sobre-elevado de ligação entre a marginal e a Praça das Lampreias.

Esta foi a quarta intervenção efectuada na zona ribeirinha, que a Autarquia pretende continuar a valorizar, conforme assegurou o Autarca João Cepa, anunciando a instalação, ainda este Verão, de um Skate Parque na plataforma ainda disponível na zona Norte, junto à Marina de Recreio, e a intenção de concretizar o prolongamento da ciclovia para Sul, desde o parque junto às Piscinas Foz do Cávado até à rotunda sul de acesso à Avenida Marginal, assim como o propósito de desenvolver o projecto do futuro Parque da Cidade, a criar na área localizada entre os antigos Estaleiros e a Ponte de Fão. A cerca de um ano de terminar o mandato, João Cepa manifestou o desejo de que quem o suceder no cargo possa concretizar estes dois projectos, tornando a zona ribeirinha na sala de visitas do concelho.

Ainda que satisfeito pela concretização de mais uma obra, o Presidente da Câmara Municipal não deixou de manifestar o seu descontentamento face à indefinição do Programa Polis Litoral, cuja execução de projectos se encontra suspensa há sensivelmente um ano. Aproveitando a presença dos representantes da empresa Parque Expo e da Sociedade Polis Litoral Norte, João Cepa deixou o aviso de que se até 19 de Agosto, Dia do Município, não se verificar uma clarificação por parte do Governo quanto ao futuro do Programa, irá propor à Câmara e à Assembleia Municipal de Esposende que o Município abandone a Sociedade Polis Litoral Norte.

O Autarca foi mais longe nas críticas e lembrou que a gestão do Programa Polis Litoral representa um custo mensal na ordem dos 100 mil euros, orçamento que se destina maioritariamente ao pagamento dos honorários da empresa pública Parque Expo, cuja extinção foi já anunciada pelo Governo. João Cepa notou que na actual conjuntura económico-financeira não faz sentido manter praticamente parada esta estrutura e disse que “pior do que decidir mal é mesmo não decidir”.

Lançado o repto ao Governo, o Autarca deixou a garantia de que a Autarquia pretende continuar a apostar na valorização da zona ribeirinha, ainda que “licenciar projectos no litoral deste concelho seja, porventura, três vezes mais difícil do que licenciar projectos no litoral de outros concelhos”, criticou.

Críticas à parte, o Presidente da Câmara Municipal manifestou a sua satisfação pela concretização desta obra que foi realizada em menos tempo do que o que estava previsto e sem derrapagens no orçamento, como fez questão de assinalar.

Nota positiva também para as diversas entidades que estiveram envolvidas na concretização desta empreitada, desde a Parque Expo à empresa construtora, assim como ao autor do projecto, o Arquitecto Vítor Mogadouro, à empresa municipal Esposende Ambiente e à Divisão de Obras Municipais da Câmara Municipal. Na hora dos agradecimentos, o Autarca não esqueceu aqueles que, durante o período em que decorreram as obras, estiveram privados do “ginásio ao ar livre”, reconhecendo que “fizeram um grande sacrifício, mas que valeu a pena” e fazendo eco dos elogios que foi recebendo à intervenção efectuada.

A terminar, deixou um apelo para que todos se assumam como protectores da zona ribeirinha e se mantenham vigilantes, sensibilizando, principalmente as novas gerações, para a necessidade de preservar aquilo que é público.

Na sua intervenção, o Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte assinalou a importância desta intervenção, que, “mais do que um passeio, é uma porta entre a cidade e o mar”, ligação que considerou “absolutamente fundamental” para o desenvolvimento da cidade. António Brito referiu que “Esposende precisa ainda de potenciar a sua relação com o mar” e manifestou o desejo de que a intervenção agora efectuada “possa servir para melhorar a oferta de Esposende”, afirmando que “uma cidade que tenha qualidade ambiental conseguirá ser competitiva no mercado”.

António Brito deixou agradecimentos aos vários intervenientes na concretização desta empreitada e enalteceu o trabalho de toda a equipa e a postura do Presidente na Câmara Municipal de Esposende no seio da Sociedade Polis Litoral Norte.

O Serviço de Comunicação e Imagem da CME

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