Requalificação da Frente Ribeirinha de Esposende
Município ameaça abandonar Polis Litoral Norte
“Com ou sem Programa Polis,
nós continuaremos a investir na valorização do nosso litoral” garantiu o
Presidente da Câmara Municipal de Esposende, na cerimónia de inauguração da Requalificação
da Frente Ribeirinha de Esposende, que teve lugar no passado sábado, dia 14 de
Julho.
O acto marcou a abertura do
espaço mais a Norte, que foi requalificado no âmbito do Programa Polis. A
intervenção custou cerca de 1,1 milhões de euros e traduziu-se no alargamento
do passeio marginal existente com a construção de uma ciclovia e de um
passadiço sobre a margem do rio, na área de sapal, e construção de um passadiço
sobre-elevado de ligação entre a marginal e a Praça das Lampreias.
Esta foi a quarta
intervenção efectuada na zona ribeirinha, que a Autarquia pretende continuar a
valorizar, conforme assegurou o Autarca João Cepa, anunciando a instalação,
ainda este Verão, de um Skate Parque na plataforma ainda disponível na zona
Norte, junto à Marina de Recreio, e a intenção de concretizar o prolongamento
da ciclovia para Sul, desde o parque junto às Piscinas Foz do Cávado até à
rotunda sul de acesso à Avenida Marginal, assim como o propósito de desenvolver
o projecto do futuro Parque da Cidade, a criar na área localizada entre os
antigos Estaleiros e a Ponte de Fão. A cerca de um ano de terminar o mandato,
João Cepa manifestou o desejo de que quem o suceder no cargo possa concretizar
estes dois projectos, tornando a zona ribeirinha na sala de visitas do
concelho.
Ainda que satisfeito pela
concretização de mais uma obra, o Presidente da Câmara Municipal não deixou de
manifestar o seu descontentamento face à indefinição do Programa Polis Litoral,
cuja execução de projectos se encontra suspensa há sensivelmente um ano.
Aproveitando a presença dos representantes da empresa Parque Expo e da
Sociedade Polis Litoral Norte, João Cepa deixou o aviso de que se até 19 de
Agosto, Dia do Município, não se verificar uma clarificação por parte do
Governo quanto ao futuro do Programa, irá propor à Câmara e à Assembleia
Municipal de Esposende que o Município abandone a Sociedade Polis Litoral
Norte.
O Autarca foi mais longe nas
críticas e lembrou que a gestão do Programa Polis Litoral representa um custo
mensal na ordem dos 100 mil euros, orçamento que se destina maioritariamente ao
pagamento dos honorários da empresa pública Parque Expo, cuja extinção foi já
anunciada pelo Governo. João Cepa notou que na actual conjuntura
económico-financeira não faz sentido manter praticamente parada esta estrutura
e disse que “pior do que decidir mal é mesmo não decidir”.
Lançado o repto ao Governo,
o Autarca deixou a garantia de que a Autarquia pretende continuar a apostar na
valorização da zona ribeirinha, ainda que “licenciar projectos no litoral deste
concelho seja, porventura, três vezes mais difícil do que licenciar projectos
no litoral de outros concelhos”, criticou.
Críticas à parte, o
Presidente da Câmara Municipal manifestou a sua satisfação pela concretização
desta obra que foi realizada em menos tempo do que o que estava previsto e sem
derrapagens no orçamento, como fez questão de assinalar.
Nota positiva também para as
diversas entidades que estiveram envolvidas na concretização desta empreitada,
desde a Parque Expo à empresa construtora, assim como ao autor do projecto, o
Arquitecto Vítor Mogadouro, à empresa municipal Esposende Ambiente e à Divisão
de Obras Municipais da Câmara Municipal. Na hora dos agradecimentos, o Autarca
não esqueceu aqueles que, durante o período em que decorreram as obras,
estiveram privados do “ginásio ao ar livre”, reconhecendo que “fizeram um
grande sacrifício, mas que valeu a pena” e fazendo eco dos elogios que foi
recebendo à intervenção efectuada.
A terminar, deixou um apelo
para que todos se assumam como protectores da zona ribeirinha e se mantenham
vigilantes, sensibilizando, principalmente as novas gerações, para a
necessidade de preservar aquilo que é público.
Na sua intervenção, o
Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Norte
assinalou a importância desta intervenção, que, “mais do que um passeio, é uma
porta entre a cidade e o mar”, ligação que considerou “absolutamente
fundamental” para o desenvolvimento da cidade. António Brito referiu que
“Esposende precisa ainda de potenciar a sua relação com o mar” e manifestou o
desejo de que a intervenção agora efectuada “possa servir para melhorar a
oferta de Esposende”, afirmando que “uma cidade que tenha qualidade ambiental
conseguirá ser competitiva no mercado”.
António Brito deixou agradecimentos
aos vários intervenientes na concretização desta empreitada e enalteceu o
trabalho de toda a equipa e a postura do Presidente na Câmara Municipal de
Esposende no seio da Sociedade Polis Litoral Norte.
O Serviço
de Comunicação e Imagem da CME
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