A Câmara Municipal de Esposende assinou, no dia 25 de Julho, um acordo de cooperação institucional com os municípios do Porto, Maia, Matosinhos, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença para a investigação, promoção e dinamização do Caminho Português da Costa para Santiago de Compostela.
Na cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho de Esposende, os dez municípios comprometem-se a unir esforços com vista à valorização e posterior reconhecimento oficial do Caminho Português da Costa como itinerário de peregrinação, bem como a dinamizar o potencial cultural e turístico das peregrinações a Santiago de Compostela fomentando o desenvolvimento económico, social e ambiental nos territórios atravessados por este traçado.
Contribuir para o desenvolvimento de produtos identificados como estratégicos para esta região que permitam complementar a oferta existente, nomeadamente nas vertentes do Turismo de Natureza e Touring Cultural e Paisagístico, e promover a colaboração intermunicipal materializada na concepção, gestão e implementação de um projecto de natureza Cultural, Ambiental e Turística são outros dos objectivos do protocolo.
O Presidente da Câmara Municipal de Esposende assinalou a importância deste protocolo de cooperação, no sentido de promover, de forma concertada, a investigação, promoção e dinamização do Caminho Português da Costa. João Cepa considera que este projecto constitui uma mais valia para a região, razão pela qual defende que deve ser submetido à Entidade Regional de Turismo e à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, no sentido de encontrar financiamento para as acções a desenvolver.
O Autarca referiu que, no ano de 2010, cerca de 200 mil peregrinos provenientes de mais de uma centena de países terão percorrido o Caminho Português para Santiago de Compostela, um “fenómeno turístico” que urge promover, dado o potencial económico para a região e para o país. “Seria uma irresponsabilidade não trabalhar a peregrinação como oferta turística organizada”, afirmou João Cepa, realçando a necessidade de procurar alternativas ao turismo balnear, apostando noutro tipo de eventos.
O Presidente do Município de Esposende aproveitou a oportunidade para alertar para as consequências negativas resultantes da introdução de portagens na A28, considerando que foi “a maior machadada na estratégia de desenvolvimento da região”.
“Foi um erro e ainda estamos a tempo de o remediar” afirmou, defendendo a isenção de portagens para os turistas, particularmente de Espanha. João Cepa desafiou o Governo e a Estradas de Portugal a efectuarem um estudo para avaliar o impacte que a medida teve, apurando quem efectivamente beneficiou com a introdução de portagens, já que “não foi o Estado”.
“Foi um erro e ainda estamos a tempo de o remediar” afirmou, defendendo a isenção de portagens para os turistas, particularmente de Espanha. João Cepa desafiou o Governo e a Estradas de Portugal a efectuarem um estudo para avaliar o impacte que a medida teve, apurando quem efectivamente beneficiou com a introdução de portagens, já que “não foi o Estado”.
A assinatura deste protocolo resulta do desafio lançado pela Autarquia de Esposende, em 2007, com vista à articulação de esforços para a promoção e dinamização do Caminho Português da Costa, atendendo ao seu potencial turístico, como lembrou Paula Ramalho, técnica da Câmara Municipal de Vila Nova Cerveira, referindo que, desde então, muito trabalho foi feito. Esta responsável referiu que, paralelamente, se tem procurado desenvolver um trabalho cada vez mais estreito com os Municípios da vizinha Galiza, por onde este Caminho Português da Costa passa, na tentativa de também aqui se desenvolverem estratégias integradas e complementares, e de que resulta, já em Novembro próximo, a realização de um Congresso sobre o Caminho Português da Costa na Galiza.
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