O antigo edifício dos Estaleiros Navais de Esposende está em vias de passar para a alçada da Câmara Municipal de Esposende. A informação foi ontem avançada pelo Presidente João Cepa, na cerimónia de inauguração da recuperação da Estação Salva–Vidas de Esposende, que integrou as comemorações do Dia da Cidade e do Município. O Autarca revelou que, logo que seja formalizado o acordo para a cedência do edifício com o Instituto Marítimo–Portuário, a sua gestão passará para a Autarquia, cujo destino aponta para o complemento ao projecto de requalificação da Zona Ribeirinha, e manifestou o desejo de que o Forte de S. João Baptista possa integrar também este projecto.
Da responsabilidade do Forum Esposendense, a recuperação da Estação Salva–Vidas orçou em 450 mil euros, tendo a Câmara Municipal comparticipado com 100 mil euros, apoio justificado por João Cepa pela importância do equipamento para a cidade e para o concelho nos domínios patrimonial, cultural e do socorro marítimo, bem como pela “coragem do Forum Esposendense em assumir esse projecto”, sem ter a garantia do apoio da Autarquia. Felicitou por isso, na pessoa do Presidente Fernando Ferreira, toda a direcção da associação, fazendo votos de que o equipamento, que constitui “uma mais valia para esta zona, seja, essencialmente, um pólo de dinamização cultural da cidade”.
Num discurso tomado pela emoção, o Presidente do Forum Esposendense recordou os “momentos quase trágicos” que a Associação enfrentou ao assumir a tarefa de reconstruiu o “centenário edifício tão marcante e tão querido aos esposendenses”, nomeadamente as dificuldades em arranjar financiamento para a obra, concretizada ao abrigo de um protocolo celebrado com o Ministério da Defesa, que suportou 30% dos custos e cede o imóvel por um período de 20 anos ao Forum Esposendense. Ainda a aguardar a comparticipação de 66 mil euros da Direcção–Geral das Autarquias, Fernando Ferreira frisou que a obra “ainda não está totalmente paga”, lembrando que, no âmbito do protocolo de parceria estabelecido com a Autarquia para a concretização do programa URBI Esposende, que prevê a instalação do Centro Marítimo na recuperada Estação Salva–Vidas, o Forum Esposendense terá que suportar 30% do investimento.
Em matéria de agradecimentos, o dirigente saudou o Autarca João Cepa pela carinho com que abraçou o desafio e por ter compreendido a dimensão e importância estratégica do projecto para o concelho e para a região. Frisou, contudo, que o Forum Esposendense tem agora “outras tormentas pela frente”, nomeadamente proceder à activação do Centro Marítimo, “um imperativo cultural de grande importância para a população do concelho”, que visa a preservação dos testemunhos e do património marítimo. Neste sentido, apelou ao apoio da Câmara Municipal, no sentido de assegurar os recursos humanos necessários à manutenção do espaço museológico.
Na resposta João Cepa referiu que, dada a proximidade das eleições autárquicas, não possui “legitimidade para assumir compromissos em termos futuros”. Garantiu, contudo, que no que respeita ao URBI, a Autarquia assegurará os 30% do financiamento de cada um dos projectos, montante que teria que ser suportado por cada uma das entidades envolvidas. João Cepa revelou que esta era “uma decisão que estava tomada à partida”, recebendo uma estrondosa salva de palmas em resposta a este anúncio. Relativamente ao pedido de apoio para o Centro Marítimo, o Presidente da Autarquia referiu que não faria sentido que este núcleo museológico tivesse uma orientação diferenciada em relação aos outros dois museus municipais, pelo que disse acreditar que quem assumir os destinos do Município no próximo mandato autárquico “não deixará de ser sensível a esta necessidade”.
Fonte: notícia extraída do site da CME. Notícia do Gabinete de Relações Públicas do Munícipio de Esposende.
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