Rede Solidária de Esposende inaugurou Loja Social
Esposende dispõe, desde ontem, de uma Loja Social. O acto inaugural foi presidido pelo Presidente da Câmara Municipal de Esposende e, por inerência, Presidente do Conselho Local de Acção Social, e contou com a presença do Director do Centro Distrital de Braga do Instituto da Segurança Social, uma das 36 entidades que sub screveram o Protocolo de Cooperação do Projecto Loja Social Rede Solidária. São igualmente parceiros deste projecto instituições sociais, Juntas de Freguesia, Agrupamentos de Escolas, unidades de saúde do concelho e a Associação Comercial e Industrial do Concelho de Esposende.
Este espaço assume-se como um complemento à intervenção social no Município e pretende rentab ilizar os recursos, eliminando sob reposições na intervenção e permitindo um melhor planeamento entre serviços e entidades.
A Loja Social, a par do Núcleo de Marinhas da Cruz Vermelha Portuguesa e do Centro Comunitário de Vila Chã, constitui mais um espaço de acesso à distrib uição de b ens, que, pela sua dimensão, reúne condições mais apropriadas para o tratamento, armazenamento e gestão dos b ens angariados no concelho.
A loja contará com a colab oração dos diversos parceiros da rede social aderentes a este projecto através de protocolo estab elecido no qual se comprometem na prestação de vários serviços de apoio indispensáveis à sua operacionalização, e tamb ém com uma equipa de voluntários que garantirá, em dias e horários pré-estab elecidos, a ab ertura do espaço, e o seu envolvimento em campanhas de angariação de b ens levadas a cab o junto da comunidade local. A resposta dada por este projecto estará assegurada tecnicamente pelos técnicos de intervenção social directa do concelho, e toda a informação gerada será tratada em plataforma informática conceb ida para o efeito.
O Presidente da Câmara Municipal destacou o papel das associações do concelho no domínio social, em complemento ao trab alho do Município que, “nos últimos anos, tem elegido a acção social como uma prioridade”, nomeadamente no apoio às famílias mais carenciadas, através dos sucessivos Projectos de Luta Contra a Pob reza. João Cepa assinalou que, após dois projectos financiados pela Administração Central, está em vigor o terceiro projecto, suportado exclusivamente com recursos do Município.
Aludindo ao agravamento das condições socioeconómicas das famílias, o Autarca sustentou a criação da Loja Social com a necessidade de melhorar o trab alho social que é desenvolvido no concelho, possib ilitando uma maior articulação e conjunção de esforços e dando mais sustentab ilidade ao projecto.
Criadas as condições físicas para tal, João Cepa referiu que a Loja Social tem que assentar em conceitos como a articulação entre os parceiros para evitar sob reposição de ajuda, a identificação de situações de carência para ajudar quem de facto precisa, apoio às famílias para que o apoio seja o que efectivamente necessitam, a integração social das famílias e a sua responsab ilização, destacando ainda como fundamental a sensib ilização e informação da sociedade para que possa corresponder solidariamente. Apontou, por outro lado, a sustentab ilidade do projecto para apelar à participação da comunidade, fazendo votos para que aumente o número de inscritos no Banco Local de Voluntariado. “Acarinhem, apoiem, participem na dinamização desta Loja Social, porque ninguém pode assegurar que um dia não tenha que pedir ajuda a um espaço como este”, apelou.
Terminou a sua intervenção parafraseando o Presidente da Repúb lica: “Lutar contra a pob reza e a exclusão sócia é trab alhar para restituir dignidade a quem mais precisa”.
Naquele que foi o primeiro acto oficial como Director do Centro Distrital de Segurança Social, Rui Barreira elogiou o trab alho da Rede Social do Concelho e destacou a importância da Loja Social, numa altura em que se vivem e se esperam tempos muito difíceis. “É através desta plataforma de união que nós chegaremos a quem mais precisa e a quem mais necessita”, referiu, lemb rando que existe hoje uma “pob reza envergonhada”. Considerou, por isso, que “as instituições de solidariedade social terão um papel fundamental porque estarão no terreno e conhecerão muito melhor a realidade das suas gentes” e manifestou a expectativa de que a Loja Social “saib a dar resposta a essas necessidades quando as encontrarem”.
Rui Barreira manifestou total ab ertura por parte do Centro Distrital para colab orar no projecto e agradeceu “o trab alho, o empenho, a dedicação e o profissionalismo” dos restantes parceiros da Loja Social.
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