sexta-feira, 26 de março de 2021

Esposende, cidade inteligente

 

Esposende, cidade inteligente 

ESPOSENDE SMART CITY - LANÇAMENTO DAS FUNDAÇÕES PARA O FUTURO

Tendo como palco o Salão Nobre do Município de Esposende, realizou-se hoje a apresentação do desenvolvimento do projeto “Esposende Smartcity”, cerimónia que serviu para apresentar a aplicação e a plataforma onde passam a estar disponíveis os dados analíticos do território.

“Lançam-se, agora, as fundações para o processo de smartcities de Esposende, na medida em que temos os dados capazes de promover um mecanismo de transformação digital, que promova a eficácia e eficiência nos recursos, através de um complexo sistema de informação, mas garantido a sua fácil perceção e o seu impacto no território”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, lembrando que este processo arrancou antes das restrições decretadas pela pandemia e que teve efeitos práticos durante o confinamento.

“Antes da pandemia já se praticava em Esposende o teletrabalho, já se instruía para a literacia digital de crianças e adultos, o que permitiu que a formação prosseguisse, mesmo em confinamento. Agora, teremos mais informação para disponibilizar, com mais parâmetros úteis para todos”, vincou Benjamim Pereira.

“Neste contexto de mudança, quisemos integrar, desde a primeira hora, o pelotão da frente na introdução de medidas de gestão e de informação aos munícipes, agarrando este conceito de desenvolvimento tecnológico integrado, reconhecido como SmartCity”, acrescentou Benjamim Pereira.

Raul Junqueiro, Head of smartcities do grupo DST, explicou a forma como serão coligidos os dados para “estarem disponíveis na aplicação, desde informação sobre a qualidade da água ou do ar, informação geográfica e ambiental, resíduos ou contactos públicos. Pretende-se tornar a cidade mais próxima dos cidadãos”, disse.

Através de uma única plataforma de IoT, (internet das coisas), será possível agregar todos aqueles dados relativos ao território no que diz respeito a cadastro de infraestruturas e de pontos de interesse, com o objetivo de tornar Esposende capaz de responder, de forma integrada e em tempo real, aos diferentes desafios urbanos, promovendo soluções inclusivas e eficientes na utilização dos recursos, mas também geradora de valor acrescentado e criadora de riqueza.

O projeto Esposende Smartcity, lançado em 2019, surgiu da necessidade de empreender uma metodologia que permita realizar a adequada gestão da informação já disponível, a par da obtenção de dados adicionais sobre o território e sobre o uso de recursos, permitindo o seu tratamento e uso de forma preditiva, proativa e, sobretudo, eficiente.

Assim, o trabalho preparatório consistiu na definição de um conjunto de parâmetros de cariz ambiental para monitorização e a respetiva distribuição e instalação de sensores pelo território, medindo os raios ultravioleta, o ruído e a qualidade do ar, e também a instalação de uma Estação Meteorológica.

Para o bom uso dos dados recolhidos por estes equipamentos foi necessária a implementação de uma rede de infraestrutura de comunicações LoraWAN, agregando todas as informações destes sensores, escalável a novos casos de uso, como o ambiente, a mobilidade, a energia, o turismo, o património e cultura, entre outras.

Assim, foi implementada uma plataforma de internet das coisas, capaz de dar inteligência ao volume de dados em tempo real criados no território pela sensorização e aos dados das várias camadas SIG integrados no desenvolvimento de novos sistemas de informação, e com a disponibilização de uma aplicação móvel para interface do projeto com os cidadãos.

Com estas novas ferramentas, foram chamadas entidades externas, capazes de enriquecer a gama de dados disponíveis. Através de acordos de cooperação, formais e informais, envolvemos entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Capitania, e até a Academia, na cedência de dados que estão já a enriquecer a nossa plataforma de informação.

Esposende Smartcity encontra-se no ponto de consolidar três das dimensões de cariz mais tecnológico do projeto: temos dados (Esposende Território Analítico). Com estes podem tomar-se decisões sustentadas (Esposende Território Resiliente), permitindo antecipar cenários e atuar em conformidade, de forma a perceber de antemão, os problemas e implementar soluções preventivas e não remediativas (Esposende Território Preditivo).

Lançaram-se, assim, as fundações para o processo de smartcities de Esposende, na medida em que temos os dados capazes de promover um mecanismo de transformação digital, que promova a eficácia e eficiência nos recursos, através de um complexo sistema de informação, mas garantido a sua fácil perceção e o seu impacto no território.

 

Às dimensões analítica, resiliente e preditiva, e aos consolidados eixos de educação, cultura e criatividade, somamos agora a dimensão estruturante do nosso projeto, centrado na tecnologia.

Para tal, foram lançados cinco grandes objetivos: Rede LoRA Municipal; Plataforma de IoT/ Urbana e app smartcity; Instalações artísticas por cada pilar da mosaic; Envolvimento com a sociedade através de ações com escolas e entidades do terceiro setor; e envolvimento com entidades externas.

No futuro, queremos lançar novos verticais na cidade, como metering de águas, a iluminação pública inteligente, os resíduos, a rega inteligente, as comunidades de energia renovável (CER) , entre outros, integrando-os na plataforma da internet das coisas IoT. Depois, queremos criar um modelo de Gestão e Operação para a cidade com base numa camada agregadora de dados e continuar a ligação ao elo cultural através de mais instalações de arte ligadas aos eixos e pilares orientadores do projeto Esposende Smartcity.

 

Atualidade das Smartcities

Hoje, a temática das Smartcities assume um papel preponderante na definição de estratégias sociais, económicas e da própria transformação digital nos territórios. Um dos reflexos dessa importância é o facto de as SmartCities serem hoje um cluster do país e isso afirma uma grande oportunidade na definição de estratégias de coesão e desenvolvimento territorial.

Vivemos uma nova convergência a nível mundial, com grande impacto nas cidades e nos territórios. Hoje, os grandes desafios estão no ambiente, nas alterações climáticas, na escassez de recursos, na descarbonização e na própria transição digital. No entanto, esta convergência traz também novos horizontes de resposta, através de novas possibilidades tecnológicas, como a internet das coisas, as novas fontes de energia e mobilidade verdes, a computação em nuvem, a internet dos serviços e das coisas, o blockchain, a inteligência artificial e as redes de alta capacidade fixas e móveis, sem nunca esquecer o pano de fundo dos desafios societais atuais e do foco principal nos cidadãos e no seu bem-estar.

Assente nos pilares Sustentabilidade, Pessoas, Território e Arte, e tendo como grande propósito a qualidade de vida das populações, o projeto desenvolve-se em cinco eixos: Cidade Analítica, Cidade Resiliente, Cidade Preditiva, Cidade de Conhecimento e Educação e, ainda, Território Criativo, vetores que se relacionam intrinsecamente com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas - a mosaic, projeto de smartcities do dstgroup, foi o aliado do município de Esposende na criação das fundações para dar resposta tecnológica e digital a esta nova convergência e desafios inerentes, prontos a avançar com tão ambicioso processo de transformação, assente nos pilares e eixos estratégicos definidos no inicio, enquanto a zet gallery foi a aliada do município na dinamização do eixo criativo, através das instalações artísticas.

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