terça-feira, 19 de julho de 2016

“Nós e os Cadernos”

“Nós e os Cadernos” junta doze desenhadores em Esposende


Esposende acolhe, entre 22 e 24 de julho, a iniciativa “Nós e os Cadernos”, encontro destinado a falar sobre cadernos, sobre o desenho e o desenhar, sobre o documento e o documentar. Estão agendadas duas mesas redondas e eleitos três locais de referência, para doze desenhadores registarem o seu “apontamento”.
Eduardo Salavisa, Eduardo Côrte-Real, Alexandra Belo, Vitor Mingacho, Tiago Cruz, Pedro Cabral, Mário Linhares, Marco Costa, Manuel San Payo, Manuel João Ramos, Ketta Linhares e José Louro vão debater com os presentes (entrada livre) a opinião sobre um registo que, apesar de privado e íntimo, merece ser partilhado e, assim, passa a ser uma outra coisa.

No dia 23, sábado, às 10H00, o encontro está marcado para o jardim do Largo Comendador Correia Leite, em Fão, de onde os desenhadores partirão à descoberta da vila. Nesse mesmo sábado, entre as 15H00 e as 18H00, o local de desenho será o Castro de São Lourenço em Vila Chã, aproveitando para vivenciar a “Galaicofolia, 2000 anos de festa” e outros locais da envolvente. No domingo, dia 24, entre as 10H00 e as 13H00, o local de concentração será o Largo Rodrigues Sampaio, em Esposende, a partir do qual os participantes se deslocarão conforme os seus interesses e motivações.
Nos dias 22 e 23, entre as 21H30 e as 23H30, realizam-se as mesas redondas sob o tema “Nós e os Cadernos”.
Eduardo Salavisa, um dos oradores nas mesas redondas, desenhador do quotidiano, parte para o evento “Nós e os Cadernos” com a questão: “E porquê no caderno? Desenha, escreve e expõe sobre Diário Gráfico em qualquer lugar e circunstância nas suas viagens sem data e sem itinerário.
Já a dupla Mário Linhares e Ketta Linhares soma ao debate a perspetiva d’O caderno como instrumento de ensino’. Ele, português nascido em Oeiras; ela, timorense nascida em Dili.
Ele, diretor de educação dos Urban Sketchers Portugal. Ela, líder do projeto artesanal
Laloran, cadernos para desenhar e escrever. Ele, lidera projetos humanitários desde 97 e relaciona-os com o desenho, em retiros de diários gráficos, sob o tema “O espiritual no Desenho”; Ela, utiliza os cadernos como laboratório de experiências em que o desenho e as colagens de “coisas inúteis” compõem histórias únicas. Ambos são co-autores do livro diário de viagem “Costa do Marfim”, premiado em França.
Esta iniciativa, para além de colocar Esposende no mapa dos grandes desenhadores nacionais e da comunidade dos Urban Sketchers, pretende ainda dar a conhecer e envolver a comunidade local nesta forma de arte. Está prevista ainda a edição de um livro com os desenhos realizados durante o evento, que se traduzirá numa importante forma de dar a conhecer Esposende e a sua beleza.