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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Praça D. Sebastião requalificada acolhe mural e encenação da entrega da Carta Régia

 

Praça D. Sebastião requalificada acolhe mural e encenação da entrega da Carta Régia

 


No âmbito das comemorações dos 450 anos do Município de Esposende, será inaugurada amanhã, dia 19 de agosto, pelas 16 horas, a requalificação da Praça D. Sebastião e do mural em azulejo, da autoria dos Mendanhas. A cerimónia incluiuma encenação da entrega da Carta Régia, que compreende três domínios das artes do espetáculo: teatro, música e dança.

Inserida no projeto global de requalificação do centro da cidade de Esposende, será inaugurada a intervenção realizada na Praça D. Sebastião, a qual consistiu no arranjo urbanístico que confere um novo enquadramento à estátua de D. Sebastião, agora tendo como fundo o mural de azulejo dos artistas plásticos António Mendanha, Nuno Mendanha e Vânia Mendanha.

O mural apresenta as quinze freguesias e uma síntese da história, tradições, atividades e personalidades do concelho de Esposende. Nesta obra, a figura de maior destaque é o Rei D. Sebastião, monarca a quem Esposende estará eternamente agradecido por lhe ter concedido a Carta Régia, no dia 19 de agosto de 1572, elevando este nobre povoado de pescadores e armadores de navios, a vila e concelho.

Formados nas Belas-Artes do Porto, os Mendanhas, pai e filhos (António, Nuno e Vânia), são uma família de artistas, naturais e residentes na freguesia de Forjães do concelho de Esposende. A obra desta família, que pinta, desenha e produz esculturas em bronze, é umas das melhores expressões da qualidade da arte que se vive e se produz neste concelho, levando o nome de Esposende através de Portugal e do mundo. 

A encenação da entrega da Carta Régia tem por base o texto original, com a descrição dos factos ocorridos a 19 de agosto de 1572, e, com encenação de Jorge Alonso e Eva Fernandes, a performance contará com a presença de atores dos diversos grupos de teatro amador do concelho, nomeadamente: Forjães em Cena, GARFO (Fonte Boa), GATA (Fão), GATERC (Esposende) e Grupo de Teatro da JUM (Marinhas).

A interpretação musical e a dança estarão a cargo do coletivo Portingaloise, em colaboração com o ensemble Bravata Ventana, grupos especializados na interpretação musical e de dança historicamente informada.As músicas interpretadas e coreografadas fazem parte do repertório europeu do renascimento.

Portingaloise é uma associação sem fins lucrativos dedicada à divulgação da Dança Antiga (dança europeia dos séculos XV a XVIII), pelas vias formativa e performativa, assim como pela promoção de partilha de investigação científica. Desde 2015 que, paralelamente à atividade performativa, desenvolve regularmente atividades pedagógicas, apresenta trabalhos de investigação científica e organiza regularmente o Festival Internacional de Danças e Músicas Antigas (Portingaloise).

Bravata Ventana tem no seu cerne a interpretação historicamente inspirada com recurso a réplicas de instrumentos de época e instrumentos de várias tradições musicais. O seu repertório percorre a história do mundo de expressão ibérica, desde os tempos medievais até ao início do século XX. A abordagem musical proposta reflete as experiências variadas dos seus membros, inspirando-se em práticas interpretativas diversas e que melhor sirvam a música e os contextos de performance.

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