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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Município de Esposende

Campanha “Novembro Branco” no Município de Esposende
 Informar para combater a Violência Doméstica
O Município de Esposende promoveu hoje o 3.º Encontro sobre Violência Doméstica, assinalando o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, iniciativa inserida na campanha “Novembro Branco” que tem o objetivo de alertar e sensibilizar a comunidade para este flagelo social.
Neste Encontro sobre Violência Doméstica procurou alargar-se a reflexão sobre os paradigmas e práticas de intervenção atuais, no âmbito da Violência Doméstica, refletindo sobre o fenómeno da violência contra as mulheres que abrange vítimas de todas as condições e estratos sociais e económicos.

Um dos objetivos da autarquia de Esposende visa a promoção da reflexão e preparação dos diferentes agentes para uma intervenção concertada. Por isso, o debate que ontem decorreu teve, entre o público, muitos jovens, professores, educadores, técnicos de intervenção social, dirigentes das IPSS e associações.
De resto, a vereadora com o pelouro da Coesão Social, Engenheira Raquel Vale, destacou a ação que o Município de Esposende está a desenvolver, nomeadamente desde 2011, altura em que foi criado o “Espaço Bem me Querem”, para atendimento a vítimas de violência.
“O Município está a desenvolver um trabalho de base. Desde a criação do Espaço Bem me Querem já foram atendidas 620 pessoas que deram origem a 94 processos. Em 74% dos casos, o agressor era o marido ou o companheiro e, em 39% dos casos, existiam crianças expostas à violência que era praticada e que tiveram de ser encaminhadas para a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens”, sustentou a vereadora Raquel Vale, lembrando, ainda, as “135 ações desenvolvidas em escolas e as cinco ações de formação que procuraram alargar o debate em torno da violência sobre mulheres”.
Como convidadas para este 3.º Encontro sobre Violência Doméstica, participaram Helena Granjeia e Rita Braga da Cruz. A primeira oradora, docente no Instituto Superior da Maia, abordou a questão do assédio persistente, ou stalking, que só em 2015 passou a ser considerado crime, mas que apresenta números que merecem reflexão: uma em cada cinco pessoas já foi alvo de stalking em Portugal.
Por seu turno, a segunda oradora, da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas abordou as consequências jurídicas penais e sociais do crime de violência doméstica, lembrando que ainda há quem julgue que este tipo de atitude não é criminalizado.
No âmbito do “Novembro Branco”, o Município de Esposende já apresentou o livro “Vidas Suspensas”, da jornalista Rita Montez, uma edição da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e, em parceria com a Associação Esposende Solidário - AgirE, promoveu um debate sobre violência doméstica.

A campanha “Novembro Branco” aprofunda a campanha do Município de Esposende, na ação de combate ao flagelo social indo de encontro às diretrizes do V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (2014-2017), que aponta para a difusão de “uma cultura de igualdade e não-violência, assumindo o objetivo de tornar Portugal um país livre de violência de género, incluindo a violência doméstica, onde mulheres e homens, independentemente da sua origem étnica, idade, condição socioeconómica, deficiência, religião, orientação sexual ou identidade de género possam aspirar, em igualdade, a viver numa sociedade livre de violência e de discriminação”.