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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Inaugurado Centro Social de Antas

 Município de Esposende 
investiu 200 mil euros em novo equipamento

A freguesia de Antas dispõe, desde ontem, de um Centro Social. O equipamento está instalado no edifício da antiga Escola Básica de Azevedo, que sofreu obras de requalificação para acolher as valências de Centro de Convívio e de ATL. A intervenção foi totalmente suportada pela Câmara Municipal de Esposende e representou um investimento de aproximadamente 200 mil euros, incluindo equipamento. 

A obra representa a concretização de um anseio antigo da freguesia, que viu o projeto de raiz que estava previsto nascer junto ao campo de jogos ser substituído pelo projeto de adaptação do edifício escolar. A decisão foi tomada em consonância com a Junta de Freguesia e a Associação GRASSA (Grupo de Ação e Solidariedade Social de Antas), que irá gerir o equipamento, e colheu o parecer favorável dos pais e encarregados de educação da EB de Azevedo, que foi desativada justamente para acolher o Centro Social. O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, expressou, por isso, uma palavra de apreço pela sua colaboração e compreensão, apontando este como “um bom exemplo para o concelho e para o país”.

Aproveitou a oportunidade para anunciar que, fruto de “mais um excelente exemplo de cooperação”, neste caso entre o Município, a Junta de Freguesia e a Fábrica da Igreja Paroquial, a Câmara Municipal vai assumir a requalificação das envolventes do Adro Paroquial e da Capela de Santa Tecla.

Perante uma sala completamente repleta, o Presidente da Câmara Municipal fez uma retrospetiva do trabalho realizado ao longo do seu mandato e lançou um olhar sobre o futuro e os investimentos que se perspetivam, terminando a sua intervenção com uma palavra de esperança, dizendo que “o próximo ano vai ser melhor do que 2014”. 

Assinalou que, apesar de todas as contrariedades, desde a redução nas transferências do Estado, à quebra de receitas municipais, passando pelas dificuldades inerentes à atual conjuntura, o Município conseguiu concretizar um conjunto muito significativo de investimentos, apontando, a título de exemplo, algumas obras, a que se juntam duas intervenções do Programa Polis Litoral Norte, a requalificação da Praia de S. Bartolomeu do Mar e da Marginal de Fão, que já se encontram concluídas. Benjamim Pereira deu nota de que brevemente se iniciarão a intervenção na Restinga de Fão, a dragagem da Doca de Pesca e a ampliação do Cemitério de Apúlia. 

Contas feitas, em causa estão investimentos na ordem dos 3,5 milhões de euros por parte da Câmara Municipal e de 14 milhões de euros do Programa Polis Litoral Norte, a que se juntam cerca de 24 milhões de euros da empresa Águas do Noroeste, em intervenções na ampliação das ETAR´s de Marinhas e de Esposende e na rede em alta. 

Benjamim Pereira afiançou que os investimentos camarários foram concretizados “sem comprometer a situação financeira do Município” e referiu que a Autarquia está a trabalhar no sentido de recuperar parte do investimento efetuado através da captação de fundos ainda disponíveis do anterior quadro comunitário de apoio. Ainda em matéria de financiamento, Esposende foi o segundo Município da CIM Cávado que mais candidaturas apresentou ao quadro comunitário “Portugal 2020”, referiu ainda o Autarca, dizendo que os resultados financeiros da Câmara Municipal relativos a 2014 “vão orgulhar os Esposendenses”, reconhecendo que o mérito é deste executivo e de todos quantos colaboraram para esta situação, desde o executivo até aos Presidentes de Junta, passando pelos próprios munícipes.

Lançando o olhar sobre o futuro, o Presidente da Câmara Municipal apontou as linhas orientadoras para o ano de 2015, que assentam no desenvolvimento económico do concelho e que preveem, entre vários outros projetos, a criação de um Centro de Negócios, o apoio à fixação de empresas através da isenção de taxas/criação de emprego, e a edição de uma publicação que dê visibilidade ao setor e aos empresários. 

Referiu que o orçamento para 2015, “um dos únicos da região Norte que cresceu”, apresentando um valor de 18 milhões de euros, mantém a não aplicação de Derrama, a diminuição da taxa do IMI para 0,32% e a redução de 50% das taxas das esplanadas, contempla um aumento de 25% nas transferências para as Juntas de Freguesia, e a oferta dos manuais escolares aos alunos do 1.º Ciclo, apoio que será reforçado com a comparticipação das refeições às crianças da Educação Pré-Escolar, a que se soma ainda a isenção dos custos de ligação às redes de água e saneamento. “É um bom orçamento que, acima de tudo, tem preocupações sociais e protege as famílias”, concluiu.

“Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”, assinalou o Presidente da Junta de Freguesia, António Cruz, agradecendo à Câmara Municipal a intervenção realizada, que permitiu dotar Antas deste equipamento social tão ansiado. Expressou o desejo de uma boa adesão por parte da população ao novo equipamento e que o mesmo corresponda às suas expetativas e reais necessidades, acrescentando que tanto a Junta de Freguesia como a GRASSA se disponibilizam para manter a cooperação com o Município.

Visivelmente satisfeito estava também o Presidente da Associação GRASSA, Baltasar Costa, por ver concretizado um sonho antigo, que, conforme assinalou, vai possibilitar o convívio entre crianças e idosos, num espaço que marca várias gerações.

Reconhecendo o investimento realizado pela Câmara Municipal, o Presidente da GRASSA agradeceu todo o apoio e colaboração do Município na concretização da obra. Aludindo à difícil conjuntura, Baltasar Costa deixou o pedido de apoio à Autarquia para a instalação de aquecimento no edifício, e, lembrando as dificuldades das instituições particulares de solidariedade social, deixou perceber a necessidade de aquisição de uma nova viatura adequada ao serviço de apoio domiciliário e de renovação da frota automóvel da Associação.

O Diretor do Centro Distrital de Braga do Instituto da Segurança Social, Rui Barreira, considerou a obra “de excelência”, saudando a recuperação do edifício da antiga escola para fins sociais. Assinalando o facto de o equipamento juntar num mesmo espaço diferentes gerações, possibilitando o convívio dos mais novos com os mais velhos, deixou a garantia de apoio por parte daquele organismo, sobretudo na área da população idosa, e desafiou a GRASSA a alargar o âmbito geográfico da sua intervenção, de modo a que os equipamentos sociais possam ser considerados pertença de um concelho, não se limitando a dar resposta apenas à respetiva freguesia.