Município de Esposende
investiu 200
mil euros em novo equipamento
A freguesia de Antas dispõe, desde ontem, de um Centro Social. O equipamento
está instalado no edifício da antiga Escola Básica de Azevedo, que sofreu obras
de requalificação para acolher as valências de Centro de Convívio e de ATL. A
intervenção foi totalmente suportada pela Câmara Municipal de Esposende e
representou um investimento de aproximadamente 200 mil euros, incluindo
equipamento.
A obra representa a concretização de um anseio antigo da freguesia, que viu o
projeto de raiz que estava previsto nascer junto ao campo de jogos ser
substituído pelo projeto de adaptação do edifício escolar. A decisão foi tomada
em consonância com a Junta de Freguesia e a Associação GRASSA (Grupo de Ação e
Solidariedade Social de Antas), que irá gerir o equipamento, e colheu o parecer
favorável dos pais e encarregados de educação da EB de Azevedo, que foi
desativada justamente para acolher o Centro Social. O Presidente da Câmara
Municipal, Benjamim Pereira, expressou, por isso, uma palavra de apreço pela
sua colaboração e compreensão, apontando este como “um bom exemplo para o
concelho e para o país”.
Aproveitou a oportunidade para anunciar que, fruto de “mais um excelente
exemplo de cooperação”, neste caso entre o Município, a Junta de Freguesia e a
Fábrica da Igreja Paroquial, a Câmara Municipal vai assumir a requalificação
das envolventes do Adro Paroquial e da Capela de Santa Tecla.
Perante uma sala completamente repleta, o Presidente da Câmara Municipal fez
uma retrospetiva do trabalho realizado ao longo do seu mandato e lançou um
olhar sobre o futuro e os investimentos que se perspetivam, terminando a sua
intervenção com uma palavra de esperança, dizendo que “o próximo ano vai ser
melhor do que 2014”.
Assinalou que, apesar de todas as contrariedades, desde a redução nas
transferências do Estado, à quebra de receitas municipais, passando pelas
dificuldades inerentes à atual conjuntura, o Município conseguiu concretizar um
conjunto muito significativo de investimentos, apontando, a título de exemplo,
algumas obras, a que se juntam duas intervenções do Programa Polis Litoral
Norte, a requalificação da Praia de S. Bartolomeu do Mar e da Marginal de Fão,
que já se encontram concluídas. Benjamim Pereira deu nota de que brevemente se
iniciarão a intervenção na Restinga de Fão, a dragagem da Doca de Pesca e a
ampliação do Cemitério de Apúlia.
Contas feitas, em causa estão investimentos na ordem dos 3,5 milhões de euros
por parte da Câmara Municipal e de 14 milhões de euros do Programa Polis
Litoral Norte, a que se juntam cerca de 24 milhões de euros da empresa Águas do
Noroeste, em intervenções na ampliação das ETAR´s de Marinhas e de Esposende e
na rede em alta.
Benjamim Pereira afiançou que os investimentos camarários foram concretizados
“sem comprometer a situação financeira do Município” e referiu que a Autarquia
está a trabalhar no sentido de recuperar parte do investimento efetuado através
da captação de fundos ainda disponíveis do anterior quadro comunitário de
apoio. Ainda em matéria de financiamento, Esposende foi o segundo Município da
CIM Cávado que mais candidaturas apresentou ao quadro comunitário “Portugal
2020”, referiu ainda o Autarca, dizendo que os resultados financeiros da Câmara
Municipal relativos a 2014 “vão orgulhar os Esposendenses”, reconhecendo que o
mérito é deste executivo e de todos quantos colaboraram para esta situação,
desde o executivo até aos Presidentes de Junta, passando pelos próprios
munícipes.
Lançando o olhar sobre o futuro, o Presidente da Câmara Municipal apontou as
linhas orientadoras para o ano de 2015, que assentam no desenvolvimento
económico do concelho e que preveem, entre vários outros projetos, a criação de
um Centro de Negócios, o apoio à fixação de empresas através da isenção de
taxas/criação de emprego, e a edição de uma publicação que dê visibilidade ao
setor e aos empresários.
Referiu que o orçamento para 2015, “um dos únicos da região Norte que cresceu”,
apresentando um valor de 18 milhões de euros, mantém a não aplicação de
Derrama, a diminuição da taxa do IMI para 0,32% e a redução de 50% das taxas
das esplanadas, contempla um aumento de 25% nas transferências para as Juntas
de Freguesia, e a oferta dos manuais escolares aos alunos do 1.º Ciclo, apoio
que será reforçado com a comparticipação das refeições às crianças da Educação
Pré-Escolar, a que se soma ainda a isenção dos custos de ligação às redes de
água e saneamento. “É um bom orçamento que, acima de tudo, tem preocupações
sociais e protege as famílias”, concluiu.
“Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”, assinalou o Presidente da
Junta de Freguesia, António Cruz, agradecendo à Câmara Municipal a intervenção
realizada, que permitiu dotar Antas deste equipamento social tão ansiado.
Expressou o desejo de uma boa adesão por parte da população ao novo equipamento
e que o mesmo corresponda às suas expetativas e reais necessidades,
acrescentando que tanto a Junta de Freguesia como a GRASSA se disponibilizam
para manter a cooperação com o Município.
Visivelmente satisfeito estava também o Presidente da Associação GRASSA,
Baltasar Costa, por ver concretizado um sonho antigo, que, conforme assinalou,
vai possibilitar o convívio entre crianças e idosos, num espaço que marca
várias gerações.
Reconhecendo o investimento realizado pela Câmara Municipal, o Presidente da GRASSA
agradeceu todo o apoio e colaboração do Município na concretização da obra.
Aludindo à difícil conjuntura, Baltasar Costa deixou o pedido de apoio à
Autarquia para a instalação de aquecimento no edifício, e, lembrando as
dificuldades das instituições particulares de solidariedade social, deixou
perceber a necessidade de aquisição de uma nova viatura adequada ao serviço de
apoio domiciliário e de renovação da frota automóvel da Associação.
O Diretor do Centro Distrital de Braga do Instituto da Segurança Social, Rui
Barreira, considerou a obra “de excelência”, saudando a recuperação do edifício
da antiga escola para fins sociais. Assinalando o facto de o equipamento juntar
num mesmo espaço diferentes gerações, possibilitando o convívio dos mais novos
com os mais velhos, deixou a garantia de apoio por parte daquele organismo,
sobretudo na área da população idosa, e desafiou a GRASSA a alargar o âmbito
geográfico da sua intervenção, de modo a que os equipamentos sociais possam ser
considerados pertença de um concelho, não se limitando a dar resposta apenas à
respetiva freguesia.