(...) Dizer
com "bué de expressividade" uma frase do tipo "que se
lixem as eleições" e "salve-se Portugal" é um exercício
demagógico, porque se assiste a uma real redução dos rendimentos dos
portugueses, à instabilidade que é maior no emprego, ao crescente desemprego, a
um aumento dos impostos, à redução da receita fiscal e a uma derrapagem
do défice. Portanto, quem se está lixar é mesmo o "mexilhão"!
Todavia, aquilo que parece ser uma verdade inquestionável (O bom caminho) e que
decorre dos "troikismos" recentes, não deixa de ser enganoso e uma
mentira de políticos com falta de ideias para Portugal. Corta-se à receita dos
que ganham menos e continua-se a não cortar à despesa das cúpulas do Estado.
Chamar ao salário do português médio, uma "gordura" é tão ofensivo,
como cruel (São as classes média e baixa que mais têm sofrido as vicissitudes
da crise)! Se não temos políticos com carisma e se não temos oposição capaz,
façam-se políticos com qualidade e não oportunistas das partidarites. Vivemos
numa panaceia desde que aderimos à U.E. e aquilo que nos foi apresentado como
sendo uma democracia, com fundos para o desenvolvimento, uma entrada na moeda
única cheia de virtudes, crescentes despesas que não eram investimentos
produtivos, acabou tudo por dar origem a um resgate com custos elevadíssimos,
de modo a se evitar a bancarrota. (...)
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