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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Da utopia europeia ao delírio português

 (Crónica de uma deceção histórica)
(...)



Quando era pequeno até ouvia dizer, que o rico ficava cada vez mais rico, enquanto o pobre, ficava cada vez mais pobre, ou que, se o mar batesse na rocha quem se tramava era o mexilhão, era como quem nos dizia, quando havia azar, o sacrifício era sempre para o mais baixinho na escala. E hoje não é assim?! O fator trabalho vale cada vez menos e o fator capital vale cada vez mais! Não haja dúvida que não há sentido de cidadania social, os que dirigem os poderes públicos não prestam contas e a impunidade existe para quem passa pelo poder e provoca danos irreversíveis pelas suas políticas. Chamem-lhe incompetência, falta de visão, dolo pelo prejuízo propositado ou não propositado que causam, má gestão, etc. Catrapiscando à direita ou à esquerda, o povo nunca estará seguro com estas criaturas do “tacho” e as incertezas para o futuro ficam impregnadas no ar! Não somos uma meritocracia, antes uma partidocracia caraterizada pelos favores, cunhas, influências e arranjinhos conchavados pelos mesmos que nos calcam e pisam nos impostos. Teremos futuro, como nação independente? (continua)

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