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sexta-feira, 10 de março de 2017

“Mulheres… entre a terra e o mar”. (I)


Feliz Dia Internacional da Mulher.
Republicação
“Mulheres… entre a terra e o mar”.
a exposição no blogue.
Freguesia: Antas (S. Paio); Nome: Lucília Neiva Meira da Cruz; Profissão: Moleira.
Freguesia: Apúlia; Nome: Maria Fernanda Farinhas da Silva; Profissão: Sargaceira.
Freguesia: Belinho; Nome: Maria Generosa da Cruz Ferreira; Profissão: Horticultora.
Freguesia: Curvos; Nome: Maria Augusta Santamarinha Dias Cunha; Profissão: Tecedeira.
Freguesia: Esposende; Nome: Maria Olívia de Barros Lima; Profissão: Peixeira.
“Mulheres… entre a terra e o mar”.
"Em Agosto de 2004 inaugurava no Museu d’Arte, em Fão, uma exposição intitulada “Mulheres… entre a terra e o mar”. Seria a primeira exposição, de um total de três, dedicada à Mulher e que estiveram patentes, neste espaço expositivo, até finais de 2007. Tratava-se de uma mostra fotográfica que apresentava quinze figuras de mulheres, representativas de quinzes profissões, respeitantes às quinze freguesias que compõem o concelho de Esposende."
Rui Cavalheiro


Comentário de Carlos Barros:
Maria Olívia de Barros Lima, uma peixeira que merece ser homenageada, assim como muitas outras que deliciaram, com a sua actividade, as ruas e ruelas da vila de Esposende e as freguesias do nosso concelho, percorrendo inúmeros quilómetros, com as suas gamelas, para venderem o seu peixinho fresquinho (fanecas, raias, congros...).
Devo citar que me recordo que o meu Pai, carpinteiro/marceneiro de profissão, chegou a fazer gamelas para as nossos peixeiras e, inclusivé eu, Carlinhos da Jandira, pregava alguns pregos enquanto o meu pai plainava as tábuas. Entortava alguns, mas o meu pai após um ralhete breve, obrigava-me a ser mais cuidadoso...
A minha mãe encomendava, muitas vezes, solhas à Olívia Barros Lima para dar de comer à rapaziada (eramos cinco irmãos) e também fazia-lhe a roupa para os filhos. Era uma peixeira exemplar, pontual e extremamente séria.
A estas corajosas mulheres, peixeiras de Esposende, uma saudação especial e elas foram e são protagonistas activas da história piscatória de Esposende.
Uma simpatia terna e respeitadora a estas mulheres que, normalmente tinham muitos filhos, educando-os em condições difíceis onde imperava a pobreza e as carências económicas, culturais e sociais.
Lembrar-me delas foi um dever e uma paixão.
O meu amigo Zé Felix é mais exímio e realista que eu, a descrever estas personagens.
O Esposendense, muito amigo dos pescadores, um abraço fraterno.
CMLB.