ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


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sábado, 30 de agosto de 2014

"Antigas glórias de Esposende Sport Clube - E.S.C.-" - ADELINO TORRES

O Esposende Sport Clube, atualmente A.D.E.,  foi e é, uma Instituição desportiva meritória, com Estatuto de Utilidade Pública que muito deu e continua a dar ao desporto local, regional e mesmo Nacional.

ADELINO TORRES

  Por esta Instituição passaram muitos presidentes, dirigentes, técnicos, jogadores, roupeiros e funcionários  que se empenharam de "corpo e alma" para que o nome de Esposende fosse conhecido e respeitado por todos os que orbitam em redor da problemática desportiva, especialmente, neste caso, do FUTEBOL.
   A Associação de Futebol de Braga, foi fundada no dia 27 de novembro de 1922, num longo caminho  já trilhado, com os seus dedicados "servidores" e, no caso de Esposende-ADE/ESC, é justo realçar o dirigente, Porfírio Gomes, "pau para toda a colher", entre outros ilustres esposendenses: Orlando Sá Pereira, João R. Vilarinho, António Lopes da Silva Miranda, José Ferreira Laranjeira, Mário Batista Marques Henriques, Manuel da Silva Pinto entre outros insignes dirigentes.
      Nesta rúbrica desportiva, irei tecer uns comentários sobre aspetos da vida dos ex-jogadores do ESC/ADE e, mais tarde, dos seus mais ilustres dirigentes. Nesta primeira fase deste trabalho escrito, serão descritas  vivências de alguns jogadores, não sendo um registo biográfico dos mesmos, apenas curiosidades que enriquecem a vida  histórica e desportiva desses atletas do ESC/ADE.
      Dessas "Velhas glórias", veio à "mão de semear" o ADELINO TORRES, um velho amigo que muito aprecio.
       O Adelino foi avançado de centro do ESC e é natural de Esposende, cedo começou a trabalhar como tipógrafo na Tipografia Cávado, sendo colega de trabalho, do senhor Belemino, pai do professor e maestro António C. Ribeiro.
      Representou o Esposende-ESC- durante duas épocas e era uma avançado codicioso e "rato de área" e marcava muitos golos de cabeça, embora fosse um atleta de baixa estatura, tinha um grande poder impulsão e remate certeiro.
       A sua carreira desportiva foi curta porque teve de emigrar para a França e jogou com o Moreira, guarda-redes do S. C. Braga, Leonel Laguna que era seu primo, Sotero, A. Pinto, Saganito, Graça/Augusto-guardas-redes-, Zé Taitas, Passos,  Amâncio, Carvalho, João Vilarinho e Cruz entre outros jogadores.
     Um certo dia, o Adelino, Sotero e Laguna foram treinar ao Riopele, que pagava bons prémios pelos treinos e o dinheiro que recebiam era para "comer e beber bem", segundo me afirmaram estes briosos atletas do ESC.
       O Sotero e o Adelino chegaram a treinar ao Gil Vicente,  e quem os levou foi o senhor Lamela no seu Citroen- "Arrastadeira". ainda como juniores, e era o Presidente do Gil Vicente o senhor Henrique mas foi sol de pouca dura porque o "poiso" deles era Esposende... Nessa altura o treinador dos Juniores do Gil Vicente era o Rafael, antigo jogador do Belenenses, colega do Vicente Lucas, Matateu,...
     O Adelino Torres jogou no Varzim, levado pelo Nelo Linhares, diretor do clube poveiro, e era  o jogador mais jovem da equipa e ganhava mais dinheiro nos juniores que alguns seniores do Varzim, devido à sua classe e valor como atleta e homem. O treinador do Varzim "Berna", antigo jogador do Real Madrid, dizia aos outros jogadores:
      Se quiserem ganhar mais dinheiro que o Adelino, joguem como ele!..
      Este diretor pagava ao Adelino 25$00 por dia, e ainda mais as viagens  de Esposende até à Póvoa de Varzim e essa quantia era já bastante razoável para essa época.
     O Dr. José Amândio, proprietário da Tipografia Cávado, facilitava-lhe a vida ao Adelino, para ir aos treinos e jogos e ele reconhece este gesto benevolente deste ilustre esposendense.
      Os pais do Adelino-senhor Adelino, motorista do Linhares, e a senhora Albertina Romana- não lhe facilitavam a vida como jogador e teve de ir trabalhar, como tipógrafo, para ajudar o sustento da família porque a fartura não abundava. O Adelino foi sempre um bom filho e irmão solidário para os seus irmãos: Albertina, Octávio, meu companheiro de carteira na Escola Primária, Fernando, Manuel...
     Um dia, após muitos anos como emigrante, regressou de França, de regresso a Esposende, na companhia da sua  esposa Suzana-falecida-. e os seus filhos continuam amigos do Adelino, fazendo-lhe visitas esporádicas a Esposende.
      O nosso amigo Adelino, lá vai fazendo pela vida, vivendo uma vida calma, fazendo as suas compras na sua bicicleta de cestinho, cumprimentando os amigos que muito o admiram.
        Estes dados curiosos "nasceram " de uma conversa informal, no dia 22 de setembro de 2013, junto à Igreja Matriz de Esposende, num dia em que o sol esteve presente para me inspirar nesta descrição...
                                                                   Carlos M. L. Barros

                                                                   Esposende 25 de agosto de 2014

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ESPOSENDE E AS SUAS VELHAS-GUARDAS

Apontamentos do ESC-Valpaços 1972/73


  Na  época desportiva  de 1972/73, o Santos e  Muchacho, entre outros faziam parte do plantel do ESC, numa equipa aguerrida que fazia bons resultados.
  O ESC deslocou-se a Valpaços para enfrentar a equipa local que precisava de vencer  o jogo para  garantir a manutenção.
  Havia um  Benfica–Porto e, no intervalo, estes dois amigos foram substituídos e estavam todos contentes no balneário já que o Porto ganhava na Luz por 2-0 e o ESC também vencia por   duas bolas sem resposta. A alegria era enorme e ficaram  muito tempo  no chuveiro a  desfrutarem estas duas vitórias.
Dizia o Santos:
Muchacho, o Porto é o maior não dá hipóteses a ninguém!...
Cala-te, ainda vais dar azar, desabafava o João para o seu amigo Santos, o fadista.
   Vestiram-se, pentearam-se e saíram dos balneários com o jogo quase a findar e perguntaram o resultado do Porto e do ESC e, ficaram transtornados, quando lhes disseram que o Porto tinha perdido por 3-2, assim como o Esposende…
   O Santos e o Muchacho ficaram doentes e na camioneta de regresso a Esposende estavam mudos e tristes como a noite pela derrota dos seus  clubes do coração.
   Maldita hora que saímos do jogo, desabafava o João Muchacho para o Santos…

27 de outubro de 2013-10-31
entrevista no Café Oliveira-Esposende
11.32 manhã
Carlos M. Lima Barros
                Recordar o E.S.C. e as suas “velhas guardas”- jogadores-


E.S.C.
(Esposende Sport Clube e a sua história)

      Mensalmente, numa rúbrica desportiva intitulada “Esposende e as suas velhas-guardas”, será publicado um texto, com  conversas informais com os antigos jogadores do ESC, algumas curiosidades e inúmeras peripécias que foram acontecendo, ao longo dos anos, do nosso ESC que tiveram como protagonistas os jogadores, dirigentes, sócios e simpatizantes do histórico Esposende Sport Clube.
   Será um “recuar nos tempos” e um desejo de  registar e preservar um património histórico  que teimo em  defender e divulgar porque  será um contributo firme e convicto para a cultura desportiva do Esposende Sport Clube que, ao longo da sua   atividade, construiu um património extremamente importante e dignificante que , penso, será relevante dar  a conhecer à nova geração de esposendenses, especialmente, aos que gostam do Esposende-ESC/ADE-, uma Instituição de Utilidade Pública que deu e continua a dar, um grande contributo à sociedade.
    Falarei de jogadores do ESC que fizeram parte, na época de 1964/65, de uma equipa abnegada e muito competitiva, tais como:
Augusto; Carvalho, M. Pinto, Passos, Zé Taitas, A. Pinto,
              Sotero, Amâncio, Adelino Torres, João Vilarinho  e Cruz-Fininho-.
   Naturalmente, que também  escreverei algo sobre o Fernando “Inheco” (que grande jogador…). Anibal Mó, Quim Tripas, Miquelino,  Tião Saganito, Amancio, Anselmo,  Manuel Losinha, A. Pilar,  Jabaru “Terru”, Laguna, Santos, Muchacho e tantos outros.
   Infelizmente, alguns deles já faleceram, contudo esforçar-me-ei em escrever alguns testemunhos de muitos destes jogadores que ilustraram a “história do E.S.C.” com letras de oiro, em  disputados embates com equipas, na altura, extremamente poderosas, como o Gil Vicente, Fafe, Famalicão, Riopele, Monção, Vianense e outras equipas com grande potencial futebolístico.
    Carlos Manuel de Lima Barros  - 31 de aoutubro de 2013-