ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


terça-feira, 24 de novembro de 2009

SAUDADE DA ESCURIDÃO

SAUDADE DA ESCURIDÃO

Se mal a encontrei, sorrindo
Aos tempos da mocidade,
Para quê falar da esp’rança,
Quando me sobra a saudade?!

Eu, da saudade sei tanto,
-De tanto a ouvir e ter visto, -
Como os quatro Evangelistas
Souberam de Jesus Cristo.

A Saudade andou nas aulas,
Ao tempo da Criação;
-Quem sabe se a luz não teve
Saudades da escuridão?

António Corrêa D'Oliveira

Páscoa, 1948. Quinta de Belinho.
D’OLIVEIRA, António Corrêa. Redondilhas. Porto: Livraria Figueirinhas, 1948. Acervo do editor.

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